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Centenas fazem ato de apoio a agressores do Charlie

Centenas de pessoas foram às ruas no sul do Afeganistão para homenagear jihadistas que mataram 12 pessoas em Paris


	Homens armados após matarem uma das 12 vítimas em ataque à sede da revista Charlie Hebdo
 (Handout via Reuters)

Homens armados após matarem uma das 12 vítimas em ataque à sede da revista Charlie Hebdo (Handout via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2015 às 19h11.

Cabul - Centenas de pessoas foram às ruas no sul do Afeganistão, na sexta-feira, em homenagem aos jihadistas que mataram 12 pessoas em um atentado ao jornal satírico francês "Charlie Hebdo" - informaram fontes policiais neste sábado.

A marcha aconteceu no distrito de Chora, na província de Uruzgan, após a oração de sexta na mesquita local.

"Fomos ao centro do distrito para honrar os assaltantes como verdadeiros mujahedines", disse à AFP o manifestante Abdul Bari.

"Os manifestantes glorificaram os agressores do semanário francês e protestaram contra a condenação do atentado por parte do presidente [afegão] Ashraf Ghani", declarou o porta-voz do governo provincial, Dost Mohamad Nayab.

Na quinta-feira, o presidente Ghani declarou em nota que "matar pessoas indefesas e civis é um ato terrorista de ódio". Ele defendeu ainda que "não há justificativa para esse ato de ódio".

Segundo Nayab, os participantes na marcha também "disseram que aqueles que zombam do profeta Maomé merecem isso".

A polícia não registrou incidentes durante a passeata "pacífica", que durou por volta de duas horas.

Os dois jihadistas homenageados pela multidão foram mortos pela polícia mais de 48 horas depois do atentado cometido contra o "Charlie Hebdo", na última quarta.

As charges do profeta já haviam causado grande revolta no Afeganistão, um país ultraconservador, especialmente nas zonas rurais reduto dos talibãs.

Em setembro de 2012, entre 200 e 300 pessoas protestaram em Cabul contra a publicação de novas charges de Maomé por parte do semanário francês.

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