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Centenas de imigrantes socorridos chegam à Itália

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 50.000 migrantes chegaram à Europa pelo Mediterrâneo desde o início do ano


	Imigrantes resgatados no mar por um navio militar chegam à Itália
 (Giovanni Isolino/AFP)

Imigrantes resgatados no mar por um navio militar chegam à Itália (Giovanni Isolino/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2015 às 22h18.

Centenas de imigrantes socorridos nos últimos dias no Mediterrâneo, assim como outros 12 que morreram na travessia chegaram neste sábado à Sicília, sul da Itália.

O primeiro homem a desembarcar em Palermo carregava nos braços uma menina agarrada a um ursinho de pelúcia. Segundo a imprensa local, sua esposa e mãe da menina estão entre os 12 mortos.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 50.000 migrantes chegaram à Europa pelo Mediterrâneo desde o início do ano.

Mais de 1.900 pessoas morreram durante a perigosa travessia do Mediterrâneo, segundo a OIM, que pediu "uma resposta coletiva e consequente da Europa".

Quase 77.000 migrantes alcançaram as costas gregas desde janeiro - contra 34.442 em 2014 - e 75.000 chegaram à Itália.

"Na média, mil pessoas desembarcam a cada dia nas ilhas gregas, a maioria em fuga da guerra na Síria", disse William Spindler, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

"O número de chegadas é tão grande que, apesar de todos os esforços, as autoridades e as comunidades locais não conseguem mais enfrentá-las", completou Spindler.

"A Grécia precisa de ajuda de forma urgente por parte da Europa", destacou.

Macedônia e Sérvia, por onde costumam passar os migrantes que chegam à Grécia em sua viagem para o norte da Europa, também precisam de ajuda, segundo o porta-voz do ACNUR.

Na Itália, a Guarda Costeira anunciou nesta sexta-feira que resgatou 823 migrantes e recuperou 12 corpos na quinta-feira em oito operações de salvamento em alto-mar.

Alemanha e França anunciaram na quinta-feira que receberão quase um terço dos 60.000 migrantes a que a União Europeia prevê conceder asilo, com o objetivo de ajudar Itália e Grécia, os dois países que estão na linha de frente da onda migratória.

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