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Censurados, defensores do EI lançam "CaliphateBook"

Mensagem postada em inglês dizia ter suspendido temporariamente as operações para "proteger as informações e detalhes de seus membros e sua segurança"

Estado Islâmico: O grupo, que declarou a criação de um califado em território capturado no Iraque e na Síria, baseia-se fortemente nas redes sociais (Social media via Reuters TV)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 11h02.

Dubai - Partidários do Estado Islâmico lançaram o CaliphateBook para contornar as proibições e bloqueios periódicos que enfrentam no Facebook e outras redes sociais, e assim espalhar a sua mensagem militante através da Internet.

O site 5elafabook.com, que se assemelhava ao Facebook, mas parecia ainda inacabado, foi ao ar no domingo, mas um dia depois saiu da Internet e sua conta vinculada no Twitter foi encerrada.

Uma mensagem postada em inglês em sua primeira página dizia ter suspendido temporariamente as operações para "proteger as informações e detalhes de seus membros e sua segurança".

O Estado islâmico, que declarou a criação de um califado em território capturado no Iraque e na Síria, baseia-se fortemente nas redes sociais para espalhar mensagens e divulgar vitórias militares e decapitações de prisioneiros.

Mas as principais empresas de mídia social se apressam a remover links de cenas de assassinatos, e muitos governos vêm adotando restrições mais fortes sobre o uso da Internet pelos militantes.

Não ficou claro quem criou o 5elafabook.com --um nome baseado em uma transliteração para o inglês da palavra árabe para califado, ‘khelafa'-- nem quantos membros atraiu.

A mensagem postada na página inicial dizia se tratar de um site independente e não patrocinado pelo Estado Islâmico. Mas afirmava que o grupo militante se expande pelo mundo todo, “com a permissão de Deus".

O website inicial mostrou um mapa do mundo pontilhado com a insígnia árabe do Estado Islâmico.

Dados online mostraram que o site tinha sido construído por meio do Socialkit, um programa que permite aos usuários produzir as próprias redes sociais.

O site foi registrado na empresa de Internet GoDaddy.com em 3 de março e indicava como endereço de sua sede a cidade de Mossul, controlada pelo Estado Islâmico no Iraque, mas apontava como país de origem o Egito, com um número aparentemente falso de telefone egípcio.

Partidários do Estado islâmico realizaram um debate em um outro fórum na Internet sobre se as plataformas como o 5elafabook poderiam ser confiáveis ou se elas poderiam ser usadas por seus inimigos para obterem informações, de acordo com o serviço SITE, que rastreia os militantes na web.

"Não existe um site seguro, mesmo que pertença diretamente ao Estado Islâmico, porque os servidores são controlados pelos governos, que podem recolher todos os endereços IP das pessoas que visitaram o site", disse um usuário que se identificou como Taqni Minbar.

A mensagem na 5elafabook.com diz que o objetivo principal do site "era esclarecer a todo o mundo que nós não só carregamos armas e vivemos em cavernas como eles imaginam ... Nós avançamos com o nosso mundo e nós queremos avançar para que se torne islâmico".

Ele acrescentou: "Nós amamos morrer como você amam viver, e prometemos lutar até o último de nós." (Reportagem de Noah Browning e Marius Bosch)

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Dubai - Partidários do Estado Islâmico lançaram o CaliphateBook para contornar as proibições e bloqueios periódicos que enfrentam no Facebook e outras redes sociais, e assim espalhar a sua mensagem militante através da Internet.

O site 5elafabook.com, que se assemelhava ao Facebook, mas parecia ainda inacabado, foi ao ar no domingo, mas um dia depois saiu da Internet e sua conta vinculada no Twitter foi encerrada.

Uma mensagem postada em inglês em sua primeira página dizia ter suspendido temporariamente as operações para "proteger as informações e detalhes de seus membros e sua segurança".

O Estado islâmico, que declarou a criação de um califado em território capturado no Iraque e na Síria, baseia-se fortemente nas redes sociais para espalhar mensagens e divulgar vitórias militares e decapitações de prisioneiros.

Mas as principais empresas de mídia social se apressam a remover links de cenas de assassinatos, e muitos governos vêm adotando restrições mais fortes sobre o uso da Internet pelos militantes.

Não ficou claro quem criou o 5elafabook.com --um nome baseado em uma transliteração para o inglês da palavra árabe para califado, ‘khelafa'-- nem quantos membros atraiu.

A mensagem postada na página inicial dizia se tratar de um site independente e não patrocinado pelo Estado Islâmico. Mas afirmava que o grupo militante se expande pelo mundo todo, “com a permissão de Deus".

O website inicial mostrou um mapa do mundo pontilhado com a insígnia árabe do Estado Islâmico.

Dados online mostraram que o site tinha sido construído por meio do Socialkit, um programa que permite aos usuários produzir as próprias redes sociais.

O site foi registrado na empresa de Internet GoDaddy.com em 3 de março e indicava como endereço de sua sede a cidade de Mossul, controlada pelo Estado Islâmico no Iraque, mas apontava como país de origem o Egito, com um número aparentemente falso de telefone egípcio.

Partidários do Estado islâmico realizaram um debate em um outro fórum na Internet sobre se as plataformas como o 5elafabook poderiam ser confiáveis ou se elas poderiam ser usadas por seus inimigos para obterem informações, de acordo com o serviço SITE, que rastreia os militantes na web.

"Não existe um site seguro, mesmo que pertença diretamente ao Estado Islâmico, porque os servidores são controlados pelos governos, que podem recolher todos os endereços IP das pessoas que visitaram o site", disse um usuário que se identificou como Taqni Minbar.

A mensagem na 5elafabook.com diz que o objetivo principal do site "era esclarecer a todo o mundo que nós não só carregamos armas e vivemos em cavernas como eles imaginam ... Nós avançamos com o nosso mundo e nós queremos avançar para que se torne islâmico".

Ele acrescentou: "Nós amamos morrer como você amam viver, e prometemos lutar até o último de nós." (Reportagem de Noah Browning e Marius Bosch)

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