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Cazaquistão pede que UE expanda presença na Ásia Central

Ministro de Relações Exteriores pediu para que a UE "proporcione à região a tecnologia necessária para "continuar as reformas no caminho para a democracia"

União Europeia: o representante especial da UE para a Ásia Central, Peter Burian, lembrou que o bloco europeu apoiou desde o primeiro momento a soberania dos países centro-asiáticos após o colapso da União Soviética (Francois Lenoir/Reuters)
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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 18h17.

Astana - O ministro de Relações Exteriores do Cazaquistão , Kairat Abdrakhmanov, pediu nesta quinta-feira para que a União Europeia (UE) "amplie a sua presença" na Ásia Central e proporcione à região a tecnologia necessária para "continuar as reformas no caminho para a democracia".

"Pedimos à União Europeia para que expanda a sua presença e ajude a transformar a Ásia Central em um importante ator global", disse Abdrakhmanov na conferência internacional "25 anos de relações UE-Ásia Central: do passado ao futuro" realizada na capital cazaque, Astana.

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Abdrakhmanov sustentou também que a presença da União é importante porque proporciona "um equilíbrio de forças nesta região".

"Uma das áreas prioritárias de cooperação pode ser o desenvolvimento do potencial de passagem da nossa região como um corredor entre a Europa e a Ásia", avaliou.

O ministro disse que um dos objetivos é "receber transferências de tecnologia para participar da quarta revolução industrial, para continuar as as reformas no caminho para a democracia".

O representante especial da UE para a Ásia Central, Peter Burian, lembrou que o bloco europeu apoiou desde o primeiro momento a soberania dos países centro-asiáticos após o colapso da União Soviética.

"A Ásia Central é a principal porta de entrada da Europa à Ásia. Esse é um mercado grande e em crescimento com um grande potencial de investimento e comércio", afirmou Burian, que indicou que a União está pronta para se transformar em sócia da Ásia Central no processo de modernização.

"Queremos participar ativamente na região, queremos incorporar as nossas tecnologias, nossos conhecimentos, as nossas experiências na implementação de estratégias e projetos na Ásia Central e para mais uma vez estarmos prontos para cooperar com os demais", acrescentou.

Essa visão foi compartilhada pelo embaixador espanhol no Cazaquistão, Pedro José Sanz Serrano, que sustentou que a UE "não tem ambições geoestratégicas" na região.

"O que nós esperamos é que haja estabilidade, paz e desenvolvimento porque isso resultará o benefício de todos", declarou.

A conferência visa "contribuir para a redação de uma nova estratégia da União Europeia na região para 2019", segundo o escritório do embaixador da UE no Cazaquistão, Traian Hristea.

Esse fórum debate a segurança na Europa e na Ásia Central, a igualdade de gênero e a cooperação comercial e de investimento entre ambos os blocos regionais.

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