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Líder da Catalunha propõe independência, mas recua em processo

O presidente da Catalunha propôs deixar suspensa a declaração de independência por várias semanas para iniciar um diálogo

Puigdemont : "Assumo o mandato do povo da Catalunha para que seja um Estado independente" (David Ramos/Getty Images)

Puigdemont : "Assumo o mandato do povo da Catalunha para que seja um Estado independente" (David Ramos/Getty Images)

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EFE

Publicado em 10 de outubro de 2017 às 14h57.

Última atualização em 10 de outubro de 2017 às 15h59.

Barcelona -O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, declarou nesta terça-feira a independência desta região espanhola após o referendo de 1º de outubro, mas suspendeu os efeitos deste anúncio para abrir um processo de diálogo.

"Assumo o mandato do povo da Catalunha para que seja um Estado independente", disse Puigdemont em um discurso no Parlamento regional no qual se alternou entre os idiomas catalão e espanhol. De acordo com o político, as urnas, em 1º de outubro, fizeram uma cobrança que ele está "disposto a transitar".

Puigdemont propôs deixar suspensa a declaração de independência por várias semanas para iniciar um diálogo e deu um prazo ao governo espanhol para aceitar uma mediação.

Segundo o líder catalão, o governo regional fará uma sessão ordinária para declarar a independência e iniciar um processo constituinte.

Em espanhol, Puigdemont disse que não tem nada contra a Espanha, mas ressaltou que a relação é "insustentável", após anos do que considera como agravos por parte das autoridades espanholas.

Lembrou que durante muito tempo exigiu um referendo estipulado como o celebrado na Escócia mas se tem encontrado com "uma negativa radical e absoluta" do Governo espanhol.

Entre os agravos, Puigdemont mencionou o que considera "menosprezo" à língua e à cultura catalãs, a falta de investimentos e a decisão do Tribunal Constitucional espanhol, em 2010, de cortar o Estatut (lei fundamental na Catalunha) que tinha sido aprovado em consulta popular poucos anos antes.

Puigdemont declarou também que a Catalunha "é um assunto europeu" e se comprometeu a "diminuir a tensão" gerada pelo referendo separatista do último dia 1º.

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