O presidente americano, Barack Obama (E), e o vice-presidente americano, Joe Biden, em Washington, DC (JIM WATSON/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 20h32.
Washington - A Casa Branca disse nesta segunda-feira que espera contar com 1 bilhão de dólares para financiar uma nova iniciativa recentemente revelada pelo presidente Barack Obama que procura para eliminar o câncer.
Este dinheiro deve "garantir que as melhores pesquisas que estão sendo feitas tenham o financiamento de que necessitam", disse o vice-presidente americano, Joe Biden.
"Nosso trabalho é remover os obstáculos burocráticos e permitir que a ciência possa se desenvolver", acrescentou Biden em comunicado.
Em seu discurso sobre o estado da União, no mês passado, Obama pediu a seu vice-presidente que assumisse o controle desta iniciativa nacional contra o câncer batizada "Moonshot", em referência ao programa Apollo de conquista da lua. Seu filho, Beau Biden, morreu de um tumor cerebral aos 46 anos em 2015.
Já foram concedidos 195 milhões de dólares aos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, por sua sigla em inglês) para que possam começar a trabalhar imediatamente na nova pesquisa do câncer, disse a jornalistas um alto funcionário do governo.
Obama pedirá 755 milhões de dólares adicionais em sua proposta de orçamento para 2017, que começa em 1 de outubro e que será submetido a aprovação do Congresso no próximo 9 de fevereiro. Estes fundos iriam basicamente aos NIH e à FDA, a agência norte-americana que controla os medicamentos.
Esta nova iniciativa centra-se, em particular, no desenvolvimento de vacinas contra o câncer, detecção precoce e novos tratamentos para erradicar a doença, como a imunoterapia, que envolve estimular o sistema imunológico a destruir células cancerosas.
A Casa Branca também procura melhorar o intercâmbio de informações entre os cientistas, a análise genômica de tumores e a investigação pediátrica de formas inusitadas de câncer.
Cerca de 14 milhões de pessoas em todo o mundo são diagnosticadas com câncer a cada ano e cerca de oito milhões morrem, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).