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Casa Branca nega que Trump considere demitir vice-procurador

Rosenstein foi quem nomeou, em maio do ano passado, Robert Mueller como procurador especial para averiguar a suposta ingerência russa na eleição

Trump: "Não há consideração sobre movimento algum de pessoal no Departamento de Justiça", disse porta-voz (Yuri Gripas/Reuters)

Trump: "Não há consideração sobre movimento algum de pessoal no Departamento de Justiça", disse porta-voz (Yuri Gripas/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 18h59.

Washington - A Casa Branca garantiu nesta segunda-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não está considerando demitir o vice-procurador-geral, Rod Rosenstein, após os rumores que circularam a respeito após o avanço das investigações sobre a ingerência russa nas eleições de presidenciais de 2016.

"Não há consideração sobre movimento algum de pessoal no Departamento de Justiça", garantiu hoje o porta-voz da Casa Branca, Raj Shah, ao ser perguntado pelos jornalistas.

Rosenstein foi quem nomeou, em maio do ano passado, Robert Mueller como procurador especial para averiguar a suposta ingerência russa e é atualmente quem supervisiona os avanços da investigação no Departamento de Justiça.

O vice-procurador foi alvo de duras críticas por parte de Trump nas últimas semanas, o que alimentou as especulações sobre sua saída.

Além disso, na semana passada, o presidente aprovou a publicação de um relatório classificado elaborado pelo congressista republicano Devin Nunes, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes, que coloca em dúvida as ações do FBI, a polícia federal investigativa dos EUA, e do Departamento de Justiça ao solicitar informações sobre a investigação.

Tanto o FBI como o próprio Departamento de Justiça manifestaram "preocupação" pela publicação do memorando, que, segundo ambos, apresenta informação enviesada e dados imprecisos.

O comitê, de maioria republicana, votou em favor de tornar público o texto, mas bloqueou a revelação da versão democrata do caso.

Sobre isso, Shah insinuou hoje que a Casa Branca faria o mesmo processo de avaliação sobre o documento democrata para aprovar sua publicação final ou não.

"Como dissemos, esse memorando parece que será submetido à votação no dia de hoje no Comitê de Inteligência da Câmara. Se (o comitê) votar em favor da publicação do relatório e este chegar à Casa Branca, vamos considerá-lo nos mesmos termos que consideramos o memorando de Nunes", disse o porta-voz.

Os democratas estão pressionando hoje no Congresso para que o seu relatório seja finalmente publicado e, assim, a opinião pública possa comparar as informações.

Por outro lado, alguns republicanos no Congresso estão aumentando a pressão para que o Departamento de Justiça nomeie um segundo procurador especial, desta vez para investigar os supostos abusos do Departamento de Justiça e do FBI quanto ao seu trabalho na investigação da suposta ingerência russa.

"O advogado do presidente já tratou desta questão e disse que é favorável a um segundo procurador especial", indicou o porta-voz ao ser perguntado pelos repórteres sobre a posição de Trump na matéria.

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