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Cartéis testam produção de cocaína na América Central para reduzir custos

Honduras, Guatemala e El Salvador estão no radar dos narcotraficantes para tornar mais barato o envio da droga aos Estados Unidos

Cocaína: Guatemala fez sua primeira descoberta oficial de um campo de plantas de coca em maio deste ano (Reprodução/Exame)
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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 14h56.

Cidade da Guatemala/Tegucigalpa - A produção de cocaína está começando a se expandir pela América Central em uma iniciativa de narcotraficantes de aproximar o suprimento de drogas do mercado dos Estados Unidos , o que cria um novo risco de segurança em uma região já conturbada.

A Guatemala fez sua primeira descoberta oficial de um campo de plantas de coca em maio, na esteira da descoberta inicial de um canteiro em Honduras no ano passado. Outros dois foram encontrados em solo hondurenho neste ano.

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"Almejamos ter o controle de nosso território, mas é muito difícil extirpar estas ações", disse Jaime Quintanilla, chefe da unidade de combate ao tráfico de drogas em Honduras.

Com cerca de 50 hectares no total, as quatro plantações de coca são uma fração minúscula dos 171 mil hectares em cultivo na Colômbia no ano passado, de acordo com entrevistas da Reuters com autoridades locais e com dados oficiais de Bogotá.

Honduras e Guatemala, assim como El Salvador, estão entre os países mais pobres e mais vitimados por cartéis de drogas. A migração em massa da região para os EUA criou tensões com o presidente norte-americano, Donald Trump.

Quintanilla disse que os campos cultivados na América Central são experiências dos cartéis para tentar poupar custos de transporte e diminuir os riscos de movimentar o produto da Colômbia ou de outras nações com grande produção de cocaína, como Bolívia e Peru. As autoridades acreditam que tais ações aumentarão.

"Isso irá continuar", disse um policial guatemalteco, pedindo anonimato por não ter autorização para se pronunciar publicamente. A detecção é difícil na Guatemala, onde algumas regiões montanhosas mal foram cartografadas, disse.

Foi graças a uma dica anônima e uma viagem de 10 horas pela selva guatemalteca que a polícia encontrou 75 mil plantas de coca em menos de um hectare de terra de uma área conhecida como Alta Verapaz em maio, acrescentou a autoridade.

O governo da Guatemala não quis comentar a apreensão, e tampouco as embaixadas norte-americanas de Honduras, Guatemala e El Salvador.

Honduras e Guatemala têm poucos fundos, estão assoladas pela corrupção e têm pouca experiência no rastreamento do cultivo de coca, o que torna suas grandes extensões de terras inacessíveis ideais para traficantes em busca de novos redutos.

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