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Carro avança contra multidão, pega fogo e mata 5 na China

Pelo menos cinco pessoas morreram e 38 ficaram feridas quando um veículo avançou contra uma multidão na Praça Tiananmen (Paz Celestial) de Pequim

Policiais chineses mantêm barreiras em frente ao local do acidente automobilístico: grande operação das forças de segurança teve início na área (Ed Jones/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2013 às 10h20.

Pequim - Pelo menos cinco pessoas morreram e 38 ficaram feridas nesta segunda-feira quando um veículo avançou contra uma multidão na Praça Tiananmen (Paz Celestial) de Pequim, antes de pegar fogo.

O acesso à praça - que fica em pleno centro de Pequim e onde Mao Tse-tung proclamou a República Popular da China em 1949 - foi bloqueado. Uma grande operação das forças de segurança teve início na área.

No incidente morreram o motorista e os dois passageiros do veículo, que pegou fogo em seguida. Também faleceram uma turista filipina e um turista chinês, segundo o site de notícias Qianlong.net, controlado pelo município de Pequim.

Entre os feridos também estão três turistas filipinos, segundo o mesmo site.

A agência estatal de notícias Xinhua informou que os feridos foram levados para hospitais próximos.

A tragédia aconteceu às 12H05 (2H05 de Brasília) na famosa praça, onde em junho de 1989 aconteceram manifestações que exigiam democracia no país e que foram reprimidas de maneira violenta.

"Policiais ajudaram os feridos e o incêndio foi controlado", anunciou a polícia.

Várias fotografias divulgadas na internet - rapidamente apagadas pela censura - mostravam um carro em chamas e uma espessa coluna de fumaça, diante do famoso retrato de Mao Tse-tung na entrada da Cidade Proibida, que fica do lado norte de Tiananmen.

Dois repórteres da AFP foram detidos e tiveram material confiscado quando tentavam se aproximar da praça, que simboliza o poder político na China. Pouco depois foram liberados e recuperaram o equipamento, mas as imagens que haviam registrado foram apagadas.


A estação de metrô próxima da praça foi fechada, segundo a empresa que administra o metrô de Pequim.

Um turista italiano de 58 anos contou que estava visitando a Cidade Proibida, os palácios dos imperadores Ming e Qing, quando policiais pediram a todos os visitantes que abandonassem o local.

O incidente provocou alvoroço nas redes sociais chinesas. "O que está acontecendo em Tiananmen? Há veículos da polícia e ambulâncias por todos os lados!", questionou um internauta que estava perto da praça.

Alguns internautas mencionaram a hipótese de um ato intencional, dada a reduzida probabilidade de um acidente no local.

Segundo um correspondente da AFP, policiais criaram barreiras para dissimular a área do incidente.

Questionada sobre a possibilidade de um ato terrorista, Hua Chunying, porta-voz da diplomacia chinesa, afirmou "ignorar os detalhes do que aconteceu" na Praça da Paz Celestial.

"Se pessoas de nacionalidade estrangeira estão envolvidas nestes atos, o caso será tratado de acordo com as leis internacionais", declarou.

Milhares de pessoas morreram na repressão do movimento de 1989 nos arredores de Tiananmen, quando o Partido Comunista enviou tanques do exército para acabar com sete semanas de manifestações, que foram chamadas pelo regime de "revolta contrarrevolucionária".

Desde então, a polícia está permanentemente mobilizada nesta imensa esplanada, onde também se encontram a entrada da Cidade Proibida, o mausoléu de Mao e o Palácio do Povo.

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Pequim - Pelo menos cinco pessoas morreram e 38 ficaram feridas nesta segunda-feira quando um veículo avançou contra uma multidão na Praça Tiananmen (Paz Celestial) de Pequim, antes de pegar fogo.

O acesso à praça - que fica em pleno centro de Pequim e onde Mao Tse-tung proclamou a República Popular da China em 1949 - foi bloqueado. Uma grande operação das forças de segurança teve início na área.

No incidente morreram o motorista e os dois passageiros do veículo, que pegou fogo em seguida. Também faleceram uma turista filipina e um turista chinês, segundo o site de notícias Qianlong.net, controlado pelo município de Pequim.

Entre os feridos também estão três turistas filipinos, segundo o mesmo site.

A agência estatal de notícias Xinhua informou que os feridos foram levados para hospitais próximos.

A tragédia aconteceu às 12H05 (2H05 de Brasília) na famosa praça, onde em junho de 1989 aconteceram manifestações que exigiam democracia no país e que foram reprimidas de maneira violenta.

"Policiais ajudaram os feridos e o incêndio foi controlado", anunciou a polícia.

Várias fotografias divulgadas na internet - rapidamente apagadas pela censura - mostravam um carro em chamas e uma espessa coluna de fumaça, diante do famoso retrato de Mao Tse-tung na entrada da Cidade Proibida, que fica do lado norte de Tiananmen.

Dois repórteres da AFP foram detidos e tiveram material confiscado quando tentavam se aproximar da praça, que simboliza o poder político na China. Pouco depois foram liberados e recuperaram o equipamento, mas as imagens que haviam registrado foram apagadas.


A estação de metrô próxima da praça foi fechada, segundo a empresa que administra o metrô de Pequim.

Um turista italiano de 58 anos contou que estava visitando a Cidade Proibida, os palácios dos imperadores Ming e Qing, quando policiais pediram a todos os visitantes que abandonassem o local.

O incidente provocou alvoroço nas redes sociais chinesas. "O que está acontecendo em Tiananmen? Há veículos da polícia e ambulâncias por todos os lados!", questionou um internauta que estava perto da praça.

Alguns internautas mencionaram a hipótese de um ato intencional, dada a reduzida probabilidade de um acidente no local.

Segundo um correspondente da AFP, policiais criaram barreiras para dissimular a área do incidente.

Questionada sobre a possibilidade de um ato terrorista, Hua Chunying, porta-voz da diplomacia chinesa, afirmou "ignorar os detalhes do que aconteceu" na Praça da Paz Celestial.

"Se pessoas de nacionalidade estrangeira estão envolvidas nestes atos, o caso será tratado de acordo com as leis internacionais", declarou.

Milhares de pessoas morreram na repressão do movimento de 1989 nos arredores de Tiananmen, quando o Partido Comunista enviou tanques do exército para acabar com sete semanas de manifestações, que foram chamadas pelo regime de "revolta contrarrevolucionária".

Desde então, a polícia está permanentemente mobilizada nesta imensa esplanada, onde também se encontram a entrada da Cidade Proibida, o mausoléu de Mao e o Palácio do Povo.

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