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Cardeal do Vaticano enfrenta acusações em casos de abuso

George Pell é acusado de criar um programa de compensação de vítimas de abusos sexuais para proteger autoridades da Igreja Católica


	George Pell: ele teria ignorado advertências sobre um professor que praticava abusos e subornado a vítima de um padre pedófilo quando era padre e auxiliar de bispo
 (Andreas Solaro/AFP)

George Pell: ele teria ignorado advertências sobre um professor que praticava abusos e subornado a vítima de um padre pedófilo quando era padre e auxiliar de bispo (Andreas Solaro/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2015 às 16h33.

Sidney -- O cardeal George Pell, terceira autoridade mais influente do Vaticano, enfrenta acusações de criar um programa de compensação de vítimas de abusos sexuais para proteger os ativos da Igreja e de fazer uso de táticas agressivas para desencorajar as vítimas a ingressar com ações judiciais quando era bispo na Austrália.

Pell, que no ano passado foi colocado à frente das finanças do Vaticano pelo Papa Francisco, também se defronta com acusações relacionadas ao início de sua carreira, quando era padre e auxiliar de bispo.

Ele teria ignorado advertências sobre um professor que praticava abusos, subornado a vítima de um padre pedófilo para ficar em silêncio e feito parte de uma comissão que promoveu a transferência desse padre de paróquia em paróquia.

Pell nega as acusações. A Comissão Real da Austrália para Respostas Institucionais ao Abuso Sexual Infantil, entretanto, pressiona o Vaticano, diante da promessa feita pelo papa de reagir aos bispos que falharam em proteger crianças e cuidar as vítimas.

A situação do Vaticano ficou mais delicada nesta semana, quando Peter Saunders, membro da Comissão, manifestou-se contra Pell. A questão ganhou tal proporção que três autoridades do Vaticano divulgaram comunicados tentando se distanciar dos comentários de Saunders e da situação.

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