Cardeais querem informações sobre relatório secreto
Relatório foi escrito por três cardeais para Bento 16 a respeito da crise na Cúria Romana
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2013 às 18h18.
Cidade do Vaticano - Cardeais que participam das reuniões a portas fechadas que antecedem ao conclave querem receber informações sobre um relatório secreto sobre um escândalo de corrupção e disputa de poder no Vaticano, disse uma fonte sênior nesta segunda-feira.
Mais de 140 cardeais iniciaram reuniões preliminares para traçar o perfil do futuro papa, depois da surpreendente abdicação de Bento 16 em fevereiro. Todos os cardeais podem participar dessas reuniões, chamadas "congregações gerais", mas só os que têm menos de 80 anos poderão entrar no conclave, que é o processo de escolha do papa.
No ano passado, três cardeais escreveram um relatório para Bento 16 sobre a crise na Cúria Romana, documento que será entregue ao novo papa, mas não aos cardeais. Os três autores do relatório estão nas congregações gerais, mas não no conclave, por terem mais de 80 anos.
A fonte, um prelado com mais de 80, disse à Reuters que o relatório foi tema das discussões matinais, mas não deixou claro se o pedido de acesso às informações foi apresentado formalmente, nas conversas informais do café, ou em ambos os momentos.
"Eles querem ser informados sobre o relatório", disse o cardeal, que falou sob anonimato. "Mas é um relatório longuíssimo, e tecnicamente ele é secreto." Em duas entrevistas coletivas nesta segunda-feira, o porta-voz do Vaticano e dois cardeais norte-americanos se recusaram a falar do relatório, ou mesmo revelar se alguns cardeais haviam solicitado informações.
O escândalo conhecido como "Vatileaks", motivo do relatório encomendado por Bento 16, é um dos temas que pairam sobre o processo de escolha do novo pontífice, junto com o problema dos abusos sexuais cometidos por clérigos contra menores no mundo todo e dos acobertamentos desses crimes por parte da hierarquia católica.
Um eleitor do conclave, cardeal Keith O'Brien, abdicou ao comando da arquidiocese de Edimburgo e desistiu de participar do processo de escolha do novo papa por causa de suspeitas de ter tido comportamento indevido com padres e seminaristas no passado.
Com isso, o número de participantes do conclave diminuiu para 115, dos quais 12 ainda não haviam chegado a Roma nesta segunda-feira.
A data exata do conclave só será decidida quando todos os cardeais chegarem, mas o Vaticano já deixou claro que espera que o novo pontífice tome posse antes do Domingo de Ramos, em 24 de março, de modo a poder comandar as celebrações da Semana Santa.
Cidade do Vaticano - Cardeais que participam das reuniões a portas fechadas que antecedem ao conclave querem receber informações sobre um relatório secreto sobre um escândalo de corrupção e disputa de poder no Vaticano, disse uma fonte sênior nesta segunda-feira.
Mais de 140 cardeais iniciaram reuniões preliminares para traçar o perfil do futuro papa, depois da surpreendente abdicação de Bento 16 em fevereiro. Todos os cardeais podem participar dessas reuniões, chamadas "congregações gerais", mas só os que têm menos de 80 anos poderão entrar no conclave, que é o processo de escolha do papa.
No ano passado, três cardeais escreveram um relatório para Bento 16 sobre a crise na Cúria Romana, documento que será entregue ao novo papa, mas não aos cardeais. Os três autores do relatório estão nas congregações gerais, mas não no conclave, por terem mais de 80 anos.
A fonte, um prelado com mais de 80, disse à Reuters que o relatório foi tema das discussões matinais, mas não deixou claro se o pedido de acesso às informações foi apresentado formalmente, nas conversas informais do café, ou em ambos os momentos.
"Eles querem ser informados sobre o relatório", disse o cardeal, que falou sob anonimato. "Mas é um relatório longuíssimo, e tecnicamente ele é secreto." Em duas entrevistas coletivas nesta segunda-feira, o porta-voz do Vaticano e dois cardeais norte-americanos se recusaram a falar do relatório, ou mesmo revelar se alguns cardeais haviam solicitado informações.
O escândalo conhecido como "Vatileaks", motivo do relatório encomendado por Bento 16, é um dos temas que pairam sobre o processo de escolha do novo pontífice, junto com o problema dos abusos sexuais cometidos por clérigos contra menores no mundo todo e dos acobertamentos desses crimes por parte da hierarquia católica.
Um eleitor do conclave, cardeal Keith O'Brien, abdicou ao comando da arquidiocese de Edimburgo e desistiu de participar do processo de escolha do novo papa por causa de suspeitas de ter tido comportamento indevido com padres e seminaristas no passado.
Com isso, o número de participantes do conclave diminuiu para 115, dos quais 12 ainda não haviam chegado a Roma nesta segunda-feira.
A data exata do conclave só será decidida quando todos os cardeais chegarem, mas o Vaticano já deixou claro que espera que o novo pontífice tome posse antes do Domingo de Ramos, em 24 de março, de modo a poder comandar as celebrações da Semana Santa.