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"Cápsula de eutanásia" causa polêmica e leva várias pessoas à prisão na Suíça

Várias pessoas foram presas por "incitação e assistência ao suicídio" sem a presença de um médico

O aparelho é uma pequena cabine em que a pessoa, depois de responder algumas perguntas, libera nitrogênio para dar fim à própria vida ((Photo by ARND WIEGMANN / AFP))

O aparelho é uma pequena cabine em que a pessoa, depois de responder algumas perguntas, libera nitrogênio para dar fim à própria vida ((Photo by ARND WIEGMANN / AFP))

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 24 de setembro de 2024 às 14h25.

Última atualização em 26 de setembro de 2024 às 10h27.

Várias pessoas foram detidas na Suíça após o uso de uma cápsula de "assistência ao suicídio", uma espécie de sarcófago que permite que uma pessoa tire a própria vida sem a ajuda de um médico, segundo informou a polícia local nesta terça-feira.

O aparelho é uma pequena cabine. Lá, a pessoa que deseja por um fim à vida deve se deitar e responder a uma série de perguntas para confirmar que compreende o que está fazendo antes de pressionar um botão que libera nitrogênio.

A pessoa perde a consciência após alguns segundos e morre em questão de minutos, segundo a associação que promove o uso da cápsula.

Problemas com a lei

O Ministério Público da Suíça foi informado na segunda-feira por um escritório de advocacia que "um suicídio assistido com o uso da cápsula Sarco havia ocorrido à tarde".

"O Ministério Público do cantão de Schaffhausen (na fronteira com a Alemanha) abriu um processo criminal contra várias pessoas por incitação e assistência ao suicídio, e várias pessoas foram detidas", informa a nota.

De acordo com a imprensa local, esta foi a primeira vez que o dispositivo foi usado. "A cápsula de suicídio foi confiscada e (o corpo do) falecido foi levado para uma autópsia", indicou a polícia.

Em julho, os promotores do dispositivo o apresentaram e expressaram o desejo de realizar o primeiro uso na Suíça, o que causou grande comoção, pois o suicídio assistido é permitido no país, mas sempre com a supervisão de um médico.

No final daquele mês, a pessoa que seria a primeira a utilizar a cápsula, uma mulher americana na casa dos 50 anos, foi excluída devido à deterioração de seu estado mental.

Na segunda-feira, a ministra do Interior da Suíça disse que a "cápsula de suicídio não está em conformidade com a lei".

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