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Capriles enviará carta ao papa Francisco sobre Venezuela

O líder opositor considerou que "é importante" que o papa conheça a situação da Venezuela e que é responsabilidade da oposição informar-lhe disso


	Henrique Capriles: Capriles declarou também que o governo procura criar "uma cortina de fumaça" com as denúncias sobre uma conspiração de dentro da Colômbia contra o país ou para atentar contra Maduro.
 (AFP / Leo Ramirez)

Henrique Capriles: Capriles declarou também que o governo procura criar "uma cortina de fumaça" com as denúncias sobre uma conspiração de dentro da Colômbia contra o país ou para atentar contra Maduro. (AFP / Leo Ramirez)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2013 às 16h55.

Caracas - O líder opositor venezuelano Henrique Capriles disse nesta terça-feira que enviará uma carta ao papa Francisco para que tenha "detalhes sobre a situação na Venezuela" e saiba com "quem está se reunindo" quando na semana que vem receber no Vaticano o presidente Nicolás Maduro.

"Vou enviar uma carta ao papa Francisco para que saiba perfeitamente com quem se está reunindo", afirmou Capriles na estreia de seu programa semanal transmitido através de seu site http://www.capriles.tv.

Acrescentou que, com a carta, pretende mostrar ao papa que Maduro "não representa a maioria dos venezuelanos, que está no exercício da presidência após eleições que estão sendo questionadas".

O líder opositor considerou que "é importante" que o papa conheça a situação da Venezuela e que é responsabilidade da oposição informar-lhe disso, mas assinalou que por enquanto não deve solicitar uma audiência privada com o pontífice.

O Vaticano confirmou na segunda-feira que o papa Francisco receberá Maduro no dia 17 de junho. Um dia depois, três deputados da oposição se encontrarão com o secretário das Relações do Vaticano com os Estados, Dominique Mamberti, e assistirão à audiência geral do pontífice para conversar sobre a anistia aos presos que consideram políticos e aos exilados do país.

No mesmo programa, Capriles declarou também que o governo procura criar "uma cortina de fumaça" com as denúncias sobre uma conspiração de dentro da Colômbia contra o país ou para atentar contra Maduro.


Capriles se referiu às denúncias formuladas na segunda-feira pelo governo, quando anunciou a detenção de dois grupos paramilitares colombianos e comentou que poderia haver um plano contra Maduro.

"Estes são os típicos trapos vermelhos, as típicas cortinas de fumaça, para tentar tapar a difícil situação econômica que estamos vivendo", destacou Capriles.

A denúncia do governo sobre um complô foi conhecida depois que o ex-vice-presidente José Vicente Rangel assegurou que "venezuelanos da oposição" assinaram um contrato de compra de 18 aviões de guerra que serão levados em breve a uma base militar na Colômbia.

Capriles ironizou esta afirmação ao assinalar que tinha chegado ao programa em um desses aviões e reiterou que "somente de uma mente escura, distorcida é que saem essas ideias". 

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