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Capitão do Concórdia se recusa a aceitar culpa sozinho

Francesco Schettino é acusado de negligência, homicídio culposo e de abandonar o barco antes de concluída a retirada dos mais de 4.000 passageiros


	Equipe de resgate do Costa Concordia: promotores dizem que Schettino causou o acidente por se aproximar demais com o navio das pedras em torno da ilha de Giglio
 (©AFP / Vincenzo Pinto)

Equipe de resgate do Costa Concordia: promotores dizem que Schettino causou o acidente por se aproximar demais com o navio das pedras em torno da ilha de Giglio (©AFP / Vincenzo Pinto)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 19h33.

Grosseto - O capitão do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, depôs na quinta-feira numa audiência preliminar do processo no qual é réu, e se recusou a aceitar a culpa isolada pelo naufrágio que matou 32 pessoas neste ano.

Schettino é acusado de negligência, homicídio culposo e de abandonar o barco antes de concluída a retirada dos mais de 4.000 passageiros e tripulantes. Ele admitiu ter cometido muitos erros, mas diz que não foi o único culpado.

"Estamos tentando descobrir exatamente o que aconteceu", disse o advogado dele, Francesco Pepe, a jornalistas durante um intervalo na sessão a portas fechadas, na localidade italiana de Grossetto. "Mas, de qualquer forma, o mais importante é que todos assumirão sua parcela de responsabilidade nesse incidente." Marco de Luca, advogado da empresa proprietária do navio, a Costa Cruzeiros, disse que Schettino apresentou seus argumentos "com determinação" aos peritos presentes no tribunal. "Para mim, ele parecia combativo, assim como sua equipe de defesa, como deveriam estar", afirmou De Luca a jornalistas.

Promotores dizem que Schettino causou o acidente por se aproximar demais com o navio das pedras em torno da ilha de Giglio, na costa toscana, em 13 de janeiro. Schettino alega que evitou uma tragédia maior ao manobrar a embarcação para águas mais rasas.

Ele também disse que a companhia sabia da prática de chegar com o navio perto da costa para "saudar" moradores e autoridades em terra - algo que a Costa Cruzeiros nega.

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