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Mursi, candidato islâmico, diz não buscar confronto no Egito

A Irmandade "não planeja confronto ou violência. Tudo isso é um rumor", declarou Mursi, que reivindicou a vitória

Mohamed Mursi vota: Paralelamente, Mursi advertiu para qualquer falsificação dos resultados eleitorais, cujo segundo turno foi realizado nos dias 16 e 17 de junho (©AFP / Marwan Naamani)

Mohamed Mursi vota: Paralelamente, Mursi advertiu para qualquer falsificação dos resultados eleitorais, cujo segundo turno foi realizado nos dias 16 e 17 de junho (©AFP / Marwan Naamani)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2012 às 13h18.

Cairo - O candidato islamita à eleição presidencial egípcia, Mohamed Mursi, afirmou nesta sexta-feira que a Irmandade Muçulmana não busca o confronto no Egito, país que espera com nervosismo os resultados oficiais das eleições.

A Irmandade "não planeja confronto ou violência. Tudo isso é um rumor", declarou Mursi, que reivindicou a vitória, assim como seu rival Ahmed Shafiq, ex-primeiro-ministro de Hosni Mubarak.

"Não temos problema com as Forças Armadas, mesmo que tenham cometido erros nos últimos dias", afirmou Mursi, referindo-se à dissolução da câmara de deputados dominada pelos islamitas e à adoção pelo Exército de uma declaração constitucional na qual assume amplos poderes, limitando os poderes do futuro presidente, seja qual for o resultado das eleições.

Paralelamente, Mursi advertiu para qualquer falsificação dos resultados eleitorais, cujo segundo turno foi realizado nos dias 16 e 17 de junho. A comissão eleitoral ainda não anunciou os resultados oficiais, que deveriam ter sido publicados na quinta-feira.

"Não permitiremos que ninguém brinque com os resultados da eleição presidencial e pressionamos a Alta Comissão para que proclame o quanto antes o resultado", insistiu.

O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), no poder no Egito desde que Hosni Mubarak foi derrubado, em fevereiro de 2011, criticou nesta sexta-feira o anúncio dos resultados não oficiais das eleições e afirmou que agirá com firmeza contra qualquer ameaça aos interesses públicos e privados, enquanto milhares de egípcios protestam contra o exército na Praça Tahrir do Cairo, convocados pela Irmandade Muçulmana.

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