Canadenses protestam após suicídio de jovem
A jovem foi estuprada e, posteriormente, acossada por um grupo de adolescentes através da internet
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2013 às 16h33.
Toronto - Os canadenses estão reagindo com indignação perante a passividade das autoridades com a morte de uma jovem de 17 anos que se suicidou após ser estuprada e, posteriormente, acossada por um grupo de adolescentes através da internet.
Rehtaeh Parsons, uma jovem de 17 anos de Cole Harbour, uma pequena cidade cerca de 1.800 km de Toronto, morreu no domingo por conta dos ferimentos sofridos em 4 de março, quando tentou se suicidar.
A família de Parsons denunciou que a jovem foi estuprada quando tinha 15 anos por um grupo de quatro jovens. Poucos dias depois do ataque, alguém começou a distribuir pela internet uma foto do estupro entre seus companheiros de colégio.
A polícia nunca apresentou acusações contra os jovens por falta de provas, mas Rehtaeh sofreu um constante assédio cibernético, desde proposições de relações sexuais com desconhecidos até insultos, o que a obrigou a mudar de colégio, entrando em um profunda depressão.
Hoje também está previsto que sejam realizadas na cidade de Halifax, próxima de Cole Harbour, duas vigílias para lembrar de Rehtaeh e protestar contra a passividade das autoridades.
Mas também hoje, o grupo de ativistas cibernéticos Anonymous, que inicialmente ameaçou revelar a identidade de supostos autores da violação se os quatro não forem identificados pelas autoridades, criticou como a polícia, as autoridades escolares e outras pessoas trataram o caso.
O grupo disse que "o que conhecemos é realmente vergonhoso, mas não foi o ato do estupro que nos deixou indignados. O que nós achamos mais alarmantes foi o comportamento dos adultos".
"Todos criaram esta confusão e ao invés de assumir responsabilidades e regulá-la, o primeiro que fizeram ontem de manhã foi comparecer na televisão e defender seus trabalhos. Mostraram aos homens de sua comunidade uma terrível lição: estuprar é fácil", acrescentou o grupo.
Por sua vez, a mãe da jovem, Leah Parsons, solicitou a Anonymous que não revele a identidade dos supostos autores do estupro, já que, assegurou, quer justiça mas não vingança.
A ameaça da Anonymous se produz depois que o pai de Rehtaeh também criticou em seu blog a polícia canadense.
"Como é possível que alguém deixe um rastro digital como este e que a polícia ainda não tenha provas do crime?", escreveu Glen Canning.
Após rejeitar inicialmente a reabertura do caso de estupro, nas últimas horas as autoridades da província de Nova Escócia, onde se encontra Cole Harbour, anunciaram que reabrirão a investigação.
O caso tem lembrado muitos canadenses da morte de Amanda Todd, uma jovem que se suicidou em outubro do ano passado aos 15 anos de idade após ser acossada durante anos através de internet.
O caso de Amanda foi especialmente estremecedor porque um mês antes de seu suicídio, a jovem postou em YouTube um vídeo de 9 minutos intitulado "Minha história: luta, assédio, suicídio, prejuízo", no qual, sem pronunciar uma só palavra, só mostrando cartas, descreve sua angústia e pede ajuda.
O caso de Amanda Todd começou aos 12 anos de idade, com uma relação com um desconhecido através de internet, que acabou chantageando a jovem e distribuiu fotos eróticas de Amanda entre amigos e parentes
Durante três anos, o desconhecido fez um ataque sistemático contra Amanda através do Facebook, que foi seguido por dezenas de pessoas, que também aproveitaram para acossar a jovem canadense sem que as autoridades fizessem nada para deter as ações.
Toronto - Os canadenses estão reagindo com indignação perante a passividade das autoridades com a morte de uma jovem de 17 anos que se suicidou após ser estuprada e, posteriormente, acossada por um grupo de adolescentes através da internet.
Rehtaeh Parsons, uma jovem de 17 anos de Cole Harbour, uma pequena cidade cerca de 1.800 km de Toronto, morreu no domingo por conta dos ferimentos sofridos em 4 de março, quando tentou se suicidar.
A família de Parsons denunciou que a jovem foi estuprada quando tinha 15 anos por um grupo de quatro jovens. Poucos dias depois do ataque, alguém começou a distribuir pela internet uma foto do estupro entre seus companheiros de colégio.
A polícia nunca apresentou acusações contra os jovens por falta de provas, mas Rehtaeh sofreu um constante assédio cibernético, desde proposições de relações sexuais com desconhecidos até insultos, o que a obrigou a mudar de colégio, entrando em um profunda depressão.
Hoje também está previsto que sejam realizadas na cidade de Halifax, próxima de Cole Harbour, duas vigílias para lembrar de Rehtaeh e protestar contra a passividade das autoridades.
Mas também hoje, o grupo de ativistas cibernéticos Anonymous, que inicialmente ameaçou revelar a identidade de supostos autores da violação se os quatro não forem identificados pelas autoridades, criticou como a polícia, as autoridades escolares e outras pessoas trataram o caso.
O grupo disse que "o que conhecemos é realmente vergonhoso, mas não foi o ato do estupro que nos deixou indignados. O que nós achamos mais alarmantes foi o comportamento dos adultos".
"Todos criaram esta confusão e ao invés de assumir responsabilidades e regulá-la, o primeiro que fizeram ontem de manhã foi comparecer na televisão e defender seus trabalhos. Mostraram aos homens de sua comunidade uma terrível lição: estuprar é fácil", acrescentou o grupo.
Por sua vez, a mãe da jovem, Leah Parsons, solicitou a Anonymous que não revele a identidade dos supostos autores do estupro, já que, assegurou, quer justiça mas não vingança.
A ameaça da Anonymous se produz depois que o pai de Rehtaeh também criticou em seu blog a polícia canadense.
"Como é possível que alguém deixe um rastro digital como este e que a polícia ainda não tenha provas do crime?", escreveu Glen Canning.
Após rejeitar inicialmente a reabertura do caso de estupro, nas últimas horas as autoridades da província de Nova Escócia, onde se encontra Cole Harbour, anunciaram que reabrirão a investigação.
O caso tem lembrado muitos canadenses da morte de Amanda Todd, uma jovem que se suicidou em outubro do ano passado aos 15 anos de idade após ser acossada durante anos através de internet.
O caso de Amanda foi especialmente estremecedor porque um mês antes de seu suicídio, a jovem postou em YouTube um vídeo de 9 minutos intitulado "Minha história: luta, assédio, suicídio, prejuízo", no qual, sem pronunciar uma só palavra, só mostrando cartas, descreve sua angústia e pede ajuda.
O caso de Amanda Todd começou aos 12 anos de idade, com uma relação com um desconhecido através de internet, que acabou chantageando a jovem e distribuiu fotos eróticas de Amanda entre amigos e parentes
Durante três anos, o desconhecido fez um ataque sistemático contra Amanda através do Facebook, que foi seguido por dezenas de pessoas, que também aproveitaram para acossar a jovem canadense sem que as autoridades fizessem nada para deter as ações.