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Campanha de Romney acusa rivais de baixaria em anúncio

O alvo da queixa era o anúncio de 1 minuto lançado nesta semana pelo grupo obamista Priorities USA; assista


	Candidato republicano Mitt Romney em New Hampshire: equipe de Obama tentou se distanciar do anúncio
 (Jessica Rinaldi/Reuters)

Candidato republicano Mitt Romney em New Hampshire: equipe de Obama tentou se distanciar do anúncio (Jessica Rinaldi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 22h03.

Boston  - A campanha do pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, acusou nesta sexta-feira seus rivais democratas de "distorções inacreditáveis" num anúncio difundido pela internet em que um ex-metalúrgico aparentemente vincula Romney à morte da sua mulher.

"Não acho que um dançarino campeão mundial de limbo possa ir mais baixo do que a campanha de Obama atualmente", disse Eric Ferhnstrom, assessor da campanha de Romney, referindo-se a uma dança caribenha em que o participante anda com o tronco curvado para trás.

O alvo da queixa era o anúncio de 1 minuto lançado nesta semana pelo grupo obamista Priorities USA. Seu protagonista é Joe Soptic, que perdeu o emprego numa usina siderúrgica de Kansas City depois que ela foi adquirida em 1993 pela empresa Bain Capital, firma de investimentos da qual Romney foi fundador.

Menos de uma década depois, a usina fechou. Soptic e centenas de colegas perderam seus empregos e planos de saúde.

Veja o vídeo abaixo:

https://youtube.com/watch?v=DK6Fv_GNJFw


"Quando Mitt Romney e a Bain fecharam a usina, perdi meu plano de saúde, e minha família perdeu seu plano de saúde", diz Soptic na peça. "Logo depois disso, minha mulher ficou doente (...). Ela faleceu em 22 dias." O anúncio coincide com a narrativa obamista de que Romney, como executivo do setor privado, não se importava em extinguir empregos da classe média. Mas republicanos dizem que vincular a atuação empresarial do pré-candidato com a morte de uma mulher é golpe baixo.

A equipe de Obama tentou se distanciar do anúncio, lembrando que os chamados Super PACs (sigla de "comitês de ação política") agem independentemente da campanha oficial.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, questionou a sinceridade da indignação republicana e citou um PAC republicano que continua a veicular anúncios insinuando que Obama não é norte-americano nato, e que por isso estaria inelegível para a Presidência.

Analistas políticos dizem que o grau de agressividade entre as duas campanhas presidenciais neste ano parece estabelecer um novo padrão.

"Temos visto uma aceleração nos recentes ciclos eleitorais sobre até onde as campanhas estão dispostas a irem", disse o professor de história na Universidade Princeton, Julian Zelizer. "Embora tirar frases de contexto e promover ataques injustos contra um candidato seja um padrão nas eleições há anos, agora as campanhas parecem estar se desviando para a enganação pura e simples." Preparando-se nesta sexta-feira para o início de uma viagem de ônibus de quatro dias pelos estratégicos Estados de Virgínia, Carolina do Norte, Flórida e Ohio, a campanha de Romney foi inclemente nas críticas a Obama.

"Quando você começa a veicular anúncios acusando seu adversário de matar gente", disse Ferhnstrom a jornalistas em Boston, "aí você perdeu a sua credibilidade".

A campanha de Romney também lançou um anúncio intitulado "A América Merece Algo Melhor", em que acusa Obama de tentar "usar a tragédia da morte de uma mulher para ganhos políticos".

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