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Campanha de Obama critica virada de Romney

O afiado contra-ataque foi feito 26 dias antes da eleição e depois que o presidente ficou atrás de seu adversário nas pesquisas nacionais

Mitt Romney: Romney tentou moderar suas posições em questões incluindo a tributação os ricos, imigração e saúde, bem como sobre o aborto (©AFP/Getty Images / Justin Sullivan)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 15h22.

Mount Vernon - A campanha do presidente americano, Barack Obama, acusou, nesta quarta-feira, o republicano Mitt Romney de esconder de forma cínica suas posições radicais sobre temas como os direitos das mulheres e outras questões para ganhar eleitores do vital centro político.

O afiado contra-ataque foi feito 26 dias antes da eleição e depois que o presidente ficou atrás de seu adversário nas pesquisas nacionais, vendo sua margem em estados importantes ainda indefinidos se estilhaçar após seu desempenho apático no debate.

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Os principais assessores de Obama ressaltaram as observações feitas por Romney sobre a polêmica questão do aborto, em meio à tentativa do republicano de suavizar as posições tomadas anteriormente para ganhar o apoio dos conservadores nas primárias do partido.

"Sabemos que o real Mitt Romney vai dizer qualquer coisa para vencer, a apenas 26 dias da eleição, ele está cinicamente escondendo suas posições", afirmou a vice-gerente de campanha de Obama, Stephanie Cutter, em uma teleconferência com jornalistas.

"O governador Romney tem sido desonesto sobre seus planos em questão após questão, ele está tentando fechar o negócio, assim como fez na sala da diretoria", disse.

"Ele está tentando suavizar sua imagem, não apenas com as mulheres, mas com todos os eleitores", afirmou Cutter.

O ataque foi feito depois que Obama permitiu, no debate de uma semana atrás, que o candidato republicano fizesse manobras suaves em seus pontos de vista sem ter partido para a ofensiva contra ele, e em meio à forte pressão sofrida pelo presidente para uma melhor apresentação no próximo confronto, na semana que vem.


Romney disse ao conselho editorial do jornal Des Moines Register na terça-feira que não tinha planos para introduzir uma legislação que restringisse o aborto, caso ele seja eleito presidente no dia 6 de novembro.

"Não tenho conhecimento de nenhum projeto de lei sobre o aborto que forme parte de meu programa", declarou o republicano.

Mas Romney ressaltou que, caso se torne presidente, irá nomear juízes que apoiarão a revogação da legislação Roe x Wade, que legaliza o aborto, para a Suprema Corte, onde a questão poderia ser levantada.

Ele também afirmou que deseja proibir o uso de ajuda americana a organizações estrangeiras que forneçam serviço de aborto como parte da política de planejamento familiar.

Os candidatos presidenciais aderem com frequência ao centro político para tentar receber os votos dos eleitores moderados, depois de terem solidificado seu apoio em sua própria base após as primárias.

Mas para Romney, que se esforçou para consolidar o apoio entre os conservadores no início deste ano, o processo chegou atrasado, e não estava realmente em andamento até o seu desempenho no debate, em Denver.

Romney tentou moderar suas posições em questões incluindo a tributação os ricos, imigração e saúde, bem como sobre o aborto.

Os democratas analisam sua posição como um apelo cínico para blocos de eleitores cruciais, incluindo as mulheres, que irão ajudar a decidir a eleição.

"Ele tem sido incrivelmente desonesto sobre sua posição... não há maneira de se esconder das posições que ele tomou ao longo dos anos", disse Cecile Richards, presidente da Planned Parenthood Federation of America, referindo-se às ideias de Romney sobre aborto, contracepção e planejamento familiar.

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