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Cameron quer resolver disputa com nacionalistas escoceses

Governo britânico e da Escócia não conseguem entrar em um acordo sobre qual deve comandar um plebiscito sobre a independência da região

David Cameron voltou a defender a permanência da Escócia no Reino Unido (Christopher Furlong/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 14h27.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido , David Cameron, defendeu nesta quarta-feira a união do Reino Unido e, por sua vez, ofereceu aos nacionalistas escoceses diálogo para resolver a disputa sobre a celebração de um plebiscito de independência da Escócia.

Atualmente, o Governo britânico e o autônomo da Escócia estão disputando que instituição tem o poder para convocar um plebiscito deste tipo, se o Parlamento britânico de Westminster ou o de Edimburgo, e decidir o calendário e a forma da consulta.

O primeiro-ministro é favorável a convocar um plebiscito nos próximos 18 meses, mas o ministro principal da Escócia, o nacionalista Alex Salmond, quer deixar o caso para 2014.

Com esta oferta, Cameron e Salmond se enredaram em respectivos argumentos sobre a conveniência de colocar um debate nacional sobre o futuro da Escócia, região que faz parte do Reino Unido por meio da chamada Ata de União de 1707.

Em seu comparecimento nesta quarta-feira na sessão de perguntas ao primeiro-ministro na Câmara dos Comuns, o conservador Cameron fez uma grande defesa da 'união' do Reino Unido com a Escócia, mas reconheceu que chegou a hora de respeitar a vontade dos escoceses.

O 'premiê' insiste na necessidade de que a consulta seja convocada para os próximos 18 meses para colocar fim a incerteza sobre este tema porque prejudica a economia escocesa.

Conforme o Governo britânico, em virtude da lei de 1998 que deu passagem à autonomia escocesa, é o Parlamento de Westminster quem tem autoridade para convocar um plebiscito, pois considera que Edimburgo não pode tomar medidas que afetem a situação constitucional do país.

O Partido Nacional Escocês (SNP), no entanto, argumenta que seu mandato surge do apoio recebido dos escoceses nas eleições autônomas. Para colocar fim a esta incerteza legal, Cameron disse que quer que o SNP seja mais claro sobre o que deseja fazer.

'Sou favorável a que todas as partes conversem para chegarmos à conclusão sobre o melhor momento e a maneira de celebrar um plebiscito. Mas sejamos claros, pois (o plebiscito) tem de ser legal e decisivo', afirmou.

Nesta quarta-feira, Salmond acusou Cameron de criar problemas ao fixar condições sobre a consulta e de atuar ao estilo da ex-premiê conservadora Margaret Thatcher.

O líder escocês acusou Cameron de utilizar uma linguagem que não foi respeitosa com a população, pois 'o SNP ganhou por grande maioria nas eleições' autônomas do ano passado.

Apesar de tudo, Salmond confia em que o Governo central e o autônomo escocês possam chegar a um acordo sobre o plebiscito. EFE

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Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido , David Cameron, defendeu nesta quarta-feira a união do Reino Unido e, por sua vez, ofereceu aos nacionalistas escoceses diálogo para resolver a disputa sobre a celebração de um plebiscito de independência da Escócia.

Atualmente, o Governo britânico e o autônomo da Escócia estão disputando que instituição tem o poder para convocar um plebiscito deste tipo, se o Parlamento britânico de Westminster ou o de Edimburgo, e decidir o calendário e a forma da consulta.

O primeiro-ministro é favorável a convocar um plebiscito nos próximos 18 meses, mas o ministro principal da Escócia, o nacionalista Alex Salmond, quer deixar o caso para 2014.

Com esta oferta, Cameron e Salmond se enredaram em respectivos argumentos sobre a conveniência de colocar um debate nacional sobre o futuro da Escócia, região que faz parte do Reino Unido por meio da chamada Ata de União de 1707.

Em seu comparecimento nesta quarta-feira na sessão de perguntas ao primeiro-ministro na Câmara dos Comuns, o conservador Cameron fez uma grande defesa da 'união' do Reino Unido com a Escócia, mas reconheceu que chegou a hora de respeitar a vontade dos escoceses.

O 'premiê' insiste na necessidade de que a consulta seja convocada para os próximos 18 meses para colocar fim a incerteza sobre este tema porque prejudica a economia escocesa.

Conforme o Governo britânico, em virtude da lei de 1998 que deu passagem à autonomia escocesa, é o Parlamento de Westminster quem tem autoridade para convocar um plebiscito, pois considera que Edimburgo não pode tomar medidas que afetem a situação constitucional do país.

O Partido Nacional Escocês (SNP), no entanto, argumenta que seu mandato surge do apoio recebido dos escoceses nas eleições autônomas. Para colocar fim a esta incerteza legal, Cameron disse que quer que o SNP seja mais claro sobre o que deseja fazer.

'Sou favorável a que todas as partes conversem para chegarmos à conclusão sobre o melhor momento e a maneira de celebrar um plebiscito. Mas sejamos claros, pois (o plebiscito) tem de ser legal e decisivo', afirmou.

Nesta quarta-feira, Salmond acusou Cameron de criar problemas ao fixar condições sobre a consulta e de atuar ao estilo da ex-premiê conservadora Margaret Thatcher.

O líder escocês acusou Cameron de utilizar uma linguagem que não foi respeitosa com a população, pois 'o SNP ganhou por grande maioria nas eleições' autônomas do ano passado.

Apesar de tudo, Salmond confia em que o Governo central e o autônomo escocês possam chegar a um acordo sobre o plebiscito. EFE

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