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Cameron elogia acordo com Irã, que bloqueia acesso a armas

"Nos preocupa o fato do Irã conseguir armas nucleares, mas este acordo bloqueia todas as vias em direção a uma arma nuclear", disse primeiro-ministro


	James Cameron: "este acordo bloqueia todas as vias do Irã em direção a uma arma nuclear", disse primeiro-ministro
 (Justin Tallis/AFP)

James Cameron: "este acordo bloqueia todas as vias do Irã em direção a uma arma nuclear", disse primeiro-ministro (Justin Tallis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2015 às 11h33.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, elogiou nesta sexta-feira o acordo preliminar alcançado ontem à noite entre o Irã e as potências do Grupo 5+1 e assegurou que "bloqueia todas as vias para a arma nuclear".

Em declarações durante um ato eleitoral na Inglaterra, Cameron opinou que foi alcançado um "bom acordo e um acordo sólido".

"Nos preocupa o fato do Irã conseguir armas nucleares, mas o que este acordo faz é bloquear todas as vias em direção a uma arma nuclear, e impõe as devidas inspeções e verificações", explicou.

"E o que é mais crucial, as sanções que serviram para que o Irã se sentasse a negociar, não serão levantadas até que o Irã cumpra com sua parte", assinalou.

O ministro das Relações Exteriores, o também conservador Philip Hammond, disse ontem à noite que o acordo "proporcionará garantias de que o programa (iraniano) é pacífico".

"Isto é muito mais do que nós pensávamos que era possível há 18 meses, e representa uma boa base para o que eu acho que pode ser um acordo muito bom", declarou.

Hammond lembrou que "resta trabalho para fazer", pois os detalhes do tratado final, que serão perfilados nos próximos três meses, "serão muito importantes", em particular os mecanismos de supervisão.

"As sanções estarão vigentes até que o acordo seja completo e aplicado", para o final de junho, apontou.

O acordo nuclear com o Irã prevê que o programa de enriquecimento de urânio de Teerã seja limitado e esteja supervisado por um período de até 25 anos, e estabelece também que 95% do urânio já produzido seja diluído ou enviado ao exterior.

O documento pactuado, que estabelece "controles estritos" das atividades nucleares iranianos por parte da AIEA, também prevê o eventual levantamento das sanções nucleares impostas pelos Estados Unidos e a União Europeia contra o Irã. 

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