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Cameron diz que não renunciará se perder referendo sobre UE

Cameron respondeu com um categórico "não" a pergunta de um deputado trabalhista sobre se sairá caso o "não" ganhe a consulta


	David Cameron: com o resultado do referendo, analistas políticos consideram que sua imagem pública poderia acabar prejudicada
 (Suzanne Plunkett/Reuters)

David Cameron: com o resultado do referendo, analistas políticos consideram que sua imagem pública poderia acabar prejudicada (Suzanne Plunkett/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2016 às 13h36.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse nesta quarta-feira no parlamento que não prevê renunciar caso os britânicos votam a favor de sair da União Europeia (UE) no referendo de 23 de junho.

Na sessão semanal de perguntas ao primeiro-ministro na Câmara dos Comuns, Cameron respondeu com um categórico "não" a pergunta de um deputado trabalhista sobre se sairá caso o "não" ganhe a consulta.

Altos cargos do Partido Conservador já tinham desatado nas últimas semanas que Cameron continuará como chefe de governo independentemente do resultado do referendo, apesar de analistas políticos no Reino Unido considerarem que sua imagem pública poderia acabar prejudicada.

Antes das eleições gerais de maio, nas quais obteve maioria absoluta, o líder conservador se comprometeu a convocar uma consulta na qual os britânicos possam decidir se permanecerem ficar ou sair de uma "Europa reformada".

Cameron conseguiu fechar no último Conselho Europeu um acordo com seus 27 membros que permite ao Reino Unido retirar de forma temporária algumas ajudas sociais aos cidadãos comunitários nas ilhas britânicas e exime Londres de se envolver em qualquer reforma destinada a forjar "uma União ainda mais estreita".

Com esse compromisso garantido, o ele convocou em 20 de fevereiro o referendo e deu o tiro de largada a uma campanha extraoficial na qual seu governo defende a permanência no bloco.

Embora o debate sobre a União Europeia monopolize grande parte do cenário político no Reino Unido, o período oficial de campanha regulado pela Comissão Eleitoral começará só em 15 de abril.

Os membros do Executivo receberam sinal verde para ser contrários a postura oficial, por isso figuras como o ministro da Justiça, Michael Gove, e o prefeito de Londres, Boris Johnson, se alinharam aos partidários de romper com a UE.

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