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Cameron defende permanência do Reino Unido na União Europeia

O premiê britânico justificou a permanência em prol do "interesse nacional"


	Cameron: só na UE o Reino Unido poderá exercer "influência" sobre o resto do mundo, sustentou o premiê
 (REUTERS/Stefan Rousseau/pool)

Cameron: só na UE o Reino Unido poderá exercer "influência" sobre o resto do mundo, sustentou o premiê (REUTERS/Stefan Rousseau/pool)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2013 às 14h00.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, defendeu nesta segunda-feira a pertinência do Reino Unido à União Europeia (UE) em prol do "interesse nacional", uma semana antes do início a cúpula do Grupo dos Oito (G8) na Irlanda do Norte.

Em um discurso em Essex (nos arredores de Londres), o chefe do Executivo britânico detalhou sua visão do papel que seu país desempenha no mundo e defendeu que continue sendo membro de uma UE reformada pois assim - sustentou - o Reino Unido poderá exercer "influência" sobre o resto do mundo.

"A natureza particular do Reino Unido, nossos interesses econômicos, nossos laços culturais, nossa história, nossos negócios, nossa localização, nossos instintos, combinados, nos transformam em um país que não está apenas no mapa, mas verdadeiramente no mundo", disse o político conservador.

Apesar de defender essa postura, o líder "tory" incidiu em seu compromisso de realizar um referendo sobre a pertinência do país na UE em caso que seu partido - em coalizão com os liberais democratas - ganhe as eleições gerais em 2015.

O primeiro-ministro procura reformar primeiro a UE antes de convocar um plebiscito no qual os cidadãos decidam se querem continuar no bloco reformado ou sair definitivamente do mesmo.

Nesse sentido, Cameron disse que seu governo está disposto a "defender os interesses britânicos com determinação e tenacidade".

O primeiro-ministro prometeu que, se vencer as eleições em 2015, convocará o referendo até o fim de 2017.

Ao se referir hoje a como o Reino Unido exerce influência, Cameron citou sua decisão de proteger o orçamento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para ajudar os países mais pobres, assim como fazer da luta contra a fome na África o eixo da agenda da cúpula que o G8 (os sete países mais ricos do mundo mais a Rússia) realizará na Irlanda do Norte em 17 e 18 de junho.

"Estamos desempenhando nosso papel para construir um mundo mais estável e mais organizado, porque é correto e porque é do nosso interesse nacional", afirmou.

A respeito disso, o dirigente conservador ressaltou a importância de manter um lugar dentro das organizações internacionais, como a ONU, a Otan, o G8 e o G20 (países desenvolvidos e emergentes). EFE

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