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Câmara dos EUA autoriza intimações de genro e outros assessores de Trump

As intimações de pessoas próximas ao presidente são parte de um inquérito sobre corrupção e obstrução da justiça na presidência Trump

EUA: a Câmara também autorizou intimações relacionados às políticas imigratórias de Trump (Chip Somodevilla/Getty Images)

EUA: a Câmara também autorizou intimações relacionados às políticas imigratórias de Trump (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 11 de julho de 2019 às 15h59.

Última atualização em 11 de julho de 2019 às 16h00.

Washington — Liderado por democratas, o Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos autorizou em uma votação desta quinta-feira intimações de dezenas de testemunhas, inclusive Jared Kushner, genro e conselheiro do presidente Donald Trump.

A votação concedeu ao presidente do organismo, Jerrold Nadler, o poder de decidir se intima assessores antigos e atuais de Trump - como Jeff Sessions, ex-secretário de Justiça, e John Kelly, ex-chefe de gabinete da Casa Branca -, como parte de um inquérito abrangente sobre corrupção e obstrução da justiça na presidência Trump.

"Estes incluem autoridades de governo que trabalharam, ou continuam a trabalhar, próximos ao presidente", disse Nadler em uma reunião para analisar as intimações. "Não descansaremos até obtermos seus depoimentos e documentos".

O comitê também autorizou intimações para depoimentos e documentos relacionados às políticas imigratórias de Trump, inclusive as separações e detenções de familiares e a "tolerância zero" com imigrantes.

A medida vem no momento em que os democratas que controlam a Câmara se preparam para intensificar seu escrutínio da presidência Trump. O ex-procurador especial Robert Mueller irá depor publicamente em 17 de julho, e na semana seguinte haverá uma votação para responsabilizar o secretário de Justiça, William Barr, e o secretário de Comércio, Wilbur Ross, por desacato ao Congresso por não obedecerem intimações.

Os republicanos criticaram a ação do comitê, que veem como uma manobra partidária para incriminar Trump e uma tentativa de sanar as desavenças políticas com correligionários da Câmara. "É disso que trata o episódio de hoje. Com certeza não se trata de supervisão. Trata-se simplesmente de política", disse o deputado Doug Collins, republicano mais graduado do comitê.

O comitê de Nadler, que pode iniciar um processo de impeachment se descobrir indícios de má conduta presidencial, está analisando ações e acontecimentos descritos no relatório de 448 páginas de Mueller sobre a interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016.

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