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Câmara adota proibição do aborto após 20 semanas nos EUA

A maioria republicana na Câmara dos Representantes dos EUA aprovou projeto que proíbe o aborto após 20 semanas


	Centro cirúrgico de hospital: dificilmente o texto se tornará lei
 (Divulgação/Ministério da Saúde)

Centro cirúrgico de hospital: dificilmente o texto se tornará lei (Divulgação/Ministério da Saúde)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2015 às 21h09.

A maioria republicana na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei que proíbe o aborto após 20 semanas - embora dificilmente o texto se torne lei, já que deve ser freado pelo Senado ou vetado pelo presidente.

242 representantes votaram a favor da lei e 184 contra. Todos os democratas, com a exceção de quatro, votaram 'não' e todos os republicanos votaram 'sim'.

O aborto continua a ser uma questão partidária no Congresso norte-americano. Os conservadores geralmente apresentam medidas mais ou menos simbólicas para limitar o direito ao aborto.

"Não temos a obrigação mais importante do que a de falar por aqueles que não podem falar, e defender aqueles que não têm defesa", afirmou o presidente republicano da Câmara, John Boehner, com lágrimas nos olhos.

A Suprema Corte legalizou o aborto em 1973 nos Estados Unidos. Nos termos desta lei, o aborto é permitido até que o feto seja viável, o que é geralmente interpretado como um período de 24 semanas, embora alguns estados tenham criado leis que limitam este prazo a 20 semanas a partir da fecundação.

De acordo com uma pesquisa da CBS News realizada em março, 38% dos norte-americanos acreditam que a interrupção voluntária da gravidez deve ser uma opção disponível, 34% querem que existam mais restrições e 25% são a favor de uma proibição.

A proporção de americanos que querem proibir o aborto é relativamente estável desde 1970, segundo o Instituto Gallup. Este número variou de 22% em 1975 para 21% em 2014.

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