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Cai aprovação ao presidente da França, François Hollande

Levantamento mostrou que o apoio a Hollande recuou em 1 ponto percentual desde o mês anterior

Insatisfação com o presidente socialista é mais forte entre donos de pequenos negócios (Getty Images)

Insatisfação com o presidente socialista é mais forte entre donos de pequenos negócios (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2013 às 16h42.

Paris - A aprovação ao presidente francês, François Hollande, caiu para 37 por cento em fevereiro, com o pessimismo sobre a economia superando a satisfação com sua intervenção militar contra rebeldes islâmicos no Mali, mostrou uma pesquisa neste domingo.

O levantamento mostrou que o apoio a Hollande recuou em 1 ponto percentual desde o mês anterior, igualando a taxa de aprovação ao presidente àquela relativa ao primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault.

A insatisfação com o presidente socialista é mais forte entre donos de pequenos negócios, 73 por cento dos quais estão descontentes com o governo; trabalhadores manuais, com 70 por cento; e trabalhadores do setor privado, com 66 por cento, mostrou a pesquisa.

O estudo mostra que visões negativas da política econômica de Hollande ofuscam sentimentos de que ele demonstrou forte liderança no mês passado ao enviar tropas francesas ao Mali para ajudar o governo a combater uma ofensiva de rebeldes islâmicos.

Notícias econômicas negativas têm assombrado o líder desde o início de 2013, com o ritmo de fechamento de fábricas permanecendo constante, o desemprego oscilando próximo a 10 por cento e o auditor nacional, La Cour de Comptes, publicando um relatório que destaca fraca gestão de recursos públicos.

Enquanto isso, o governo ainda precisa encontrar um comprador para a refinaria de petróleo Petit-Couronne na Normandia, que está agendada para fechar em abril, e o descontentamento piorou na fábrica de Aulnay da Peugeot, que está agendada para fechar em 2014.

O governo também disse pela primeira vez que provavelmente não reduzirá o déficit público para 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) até o fim de 2013, em linha com metas europeias, reconhecendo dúvidas expressas por economistas independentes.

O chefe do Cour des Comptes, Didier Migaud, disse que a relutância de políticos de reduzir gastos com programas populares e atacar nichos no governo está alimentando o "vício" a despesas públicas -- que representam mais na França como porcentagem do PIB do que em qualquer país ocidental, à exceção da Dinamarca.

No entanto, Migaud disse que a Comissão Europeia deve permitir variações cíclicas na maneira como mede a performance de países em termos de metas de déficit, já que as políticas de austeridade da União Europeia prejudicaram a atividade.

"Está claro que não podemos pensar sem levar o contexto econômico em consideração", disse ele à rádio Europe 1. "Você vê que o nível de crescimento está fraco. Deveríamos levar isso em consideração? Provavelmente".

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