BusinessEurope: cooperação com Mercosul não danifica agricultura
Grupo que reúne a indústria europeia defendeu o acordo comercial que está sendo negociado
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2011 às 13h00.
Bruxelas- O diretor do departamento de Relações Internacionais da BusinessEurope, Adrian van den Hoven, afirmou nesta quarta-feira que o tratado de livre-comércio (TLC) entre a União Europeia (UE) e o Mercosul "não destruirá a agricultura europeia", apesar dos temores manifestados pelos produtores europeus.
"O Mercosul não destruiria a agricultura europeia", declarou, e afirmou que a indústria da UE poderia contribuir ao desenvolvimento do setor agropecuário em países como o Brasil.
O representante da patronal europeia participou com o diretor-executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) do Brasil, José Augusto Coelho Fernandes, de um fórum organizado após a cúpula euro-brasileira realizada na terça-feira em Bruxelas.
Os participantes do fórum lembraram as dificuldades nas negociações para um acordo de associação entre a UE e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), especialmente em matéria comercial.
Van den Hoven afirmou que as negociações nesse ponto estão paradas à espera de que se realizem as eleições presidenciais argentinas no próximo dia 23, e também devido aos temores dos europeus de que sua produção agrícola fique prejudicada por um tratado de livre-comércio com o Mercosul.
"Na UE não devemos ter apenas um ponto de vista defensivo, isto é também uma oportunidade, não só para fazer negócios, mas também para participar do desenvolvimento da agricultura no Brasil, cooperar em produtos químicos, infraestrutura e alimentação", defendeu, em referência ao futuro do TLC.
De acordo com uma avaliação elaborada pela Comissão Europeia, um TLC com o Mercosul traria perdas de entre um e três bilhões de euros para a agricultura europeia, o que as cooperativas agrárias calculam em 25 bilhões em outro relatório.
Já Coelho considerou que os negociadores tomaram a decisão correta de não trocar ofertas por enquanto, e continuar trabalhando para uma discussão final.
Também não está previsto que essa primeira troca de ofertas de acesso a mercados aconteça durante a próxima rodada de negociações, que será realizada de 7 a 11 de novembro em Montevidéu, de acordo com fontes comunitárias.
No que diz respeito os resultados da quinta cúpula UE-Brasil, o representante da CNI defendeu "um perfil mais alto e não apenas uma simples troca de informações, mas dar mais atenção aos resultados e projetos concretos".
Na sua opinião, chegou o momento que a UE e o Brasil revisem seus mecanismos de colaboração, que são fragmentados e pouco coordenados, e pediu mais atenção no comércio e nos investimentos.
Van den Hoven defendeu que as "boas intenções" da declaração política conjunta assinada nesta terça-feira sejam transformadas em ações. Também considerou necessário reforçar o investimento europeu no Brasil em áreas como energia, infraestrutura e os negócios no setor agropecuário.
Bruxelas- O diretor do departamento de Relações Internacionais da BusinessEurope, Adrian van den Hoven, afirmou nesta quarta-feira que o tratado de livre-comércio (TLC) entre a União Europeia (UE) e o Mercosul "não destruirá a agricultura europeia", apesar dos temores manifestados pelos produtores europeus.
"O Mercosul não destruiria a agricultura europeia", declarou, e afirmou que a indústria da UE poderia contribuir ao desenvolvimento do setor agropecuário em países como o Brasil.
O representante da patronal europeia participou com o diretor-executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) do Brasil, José Augusto Coelho Fernandes, de um fórum organizado após a cúpula euro-brasileira realizada na terça-feira em Bruxelas.
Os participantes do fórum lembraram as dificuldades nas negociações para um acordo de associação entre a UE e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), especialmente em matéria comercial.
Van den Hoven afirmou que as negociações nesse ponto estão paradas à espera de que se realizem as eleições presidenciais argentinas no próximo dia 23, e também devido aos temores dos europeus de que sua produção agrícola fique prejudicada por um tratado de livre-comércio com o Mercosul.
"Na UE não devemos ter apenas um ponto de vista defensivo, isto é também uma oportunidade, não só para fazer negócios, mas também para participar do desenvolvimento da agricultura no Brasil, cooperar em produtos químicos, infraestrutura e alimentação", defendeu, em referência ao futuro do TLC.
De acordo com uma avaliação elaborada pela Comissão Europeia, um TLC com o Mercosul traria perdas de entre um e três bilhões de euros para a agricultura europeia, o que as cooperativas agrárias calculam em 25 bilhões em outro relatório.
Já Coelho considerou que os negociadores tomaram a decisão correta de não trocar ofertas por enquanto, e continuar trabalhando para uma discussão final.
Também não está previsto que essa primeira troca de ofertas de acesso a mercados aconteça durante a próxima rodada de negociações, que será realizada de 7 a 11 de novembro em Montevidéu, de acordo com fontes comunitárias.
No que diz respeito os resultados da quinta cúpula UE-Brasil, o representante da CNI defendeu "um perfil mais alto e não apenas uma simples troca de informações, mas dar mais atenção aos resultados e projetos concretos".
Na sua opinião, chegou o momento que a UE e o Brasil revisem seus mecanismos de colaboração, que são fragmentados e pouco coordenados, e pediu mais atenção no comércio e nos investimentos.
Van den Hoven defendeu que as "boas intenções" da declaração política conjunta assinada nesta terça-feira sejam transformadas em ações. Também considerou necessário reforçar o investimento europeu no Brasil em áreas como energia, infraestrutura e os negócios no setor agropecuário.