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Busca do avião da Malaysian no fundo do mar é retomada

A busca por sonar no fundo do mar na costa da Austrália Ocidental é a melhor esperança de encontrar os restos do Boeing 777


	Boeing 777: a busca de um ano de duração começará ainda neste mês
 (Tomasz Bartkowiak/Files/Reuters)

Boeing 777: a busca de um ano de duração começará ainda neste mês (Tomasz Bartkowiak/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 14h19.

Sydney - A primeira embarcação a ser usada para retomar a busca do avião da Malaysian Airline System Bhd., voo 370, no fundo do mar, seguiu para o sul do Oceano Índico. Os investigadores disseram que três zonas seriam prioritárias.

O navio GO Phoenix, contratado pela Malaysian, partiu de Cingapura no dia 9 de setembro e receberá instruções a respeito de sua zona de busca em alguns dias, disse Martin Dolan, comissário-chefe do Departamento Australiano de Segurança no Transporte (ATSB, na sigla em inglês), em entrevista.

A busca por sonar no fundo do mar na zona de 60.000 quilômetros quadrados ao largo da costa da Austrália Ocidental é a melhor esperança de encontrar os restos do Boeing Co. 777-200 que desapareceu no dia 8 de março com 239 pessoas a bordo na rota Kuala Lumpur-Pequim.

As únicas pistas do ponto final onde a aeronave teria chegado são as trocas de informações com um satélite da Inmarsat Plc, que indicou que o avião afundou em algum lugar dentro de uma região em forma de arco no oceano, a oeste da cidade de Perth.

“Estamos agora em um ponto em que podemos dizer que temos uma boa sequência de áreas prioritárias ao longo desse arco”, disse Dolan, em entrevista, ontem. “Nós sabemos qual é o primeiro lugar em que vamos procurar e formalizaremos a tarefa para isso dentro dos próximos dias”.

A busca de um ano de duração que começará ainda neste mês será a segunda vez que os investigadores enviam submarinos para o fundo do oceano em busca dos destroços do avião e, particularmente, dos gravadores de informações de voo e voz que podem ajudar a explicar seu desaparecimento.

Ponto final

A pesquisa abrange 850 quilômetros quadrados em uma área em que sons similares aos sinais de emergência da caixa preta foram ouvidos por um navio de busca australiano no início de abril sem que aparecessem evidências de destroços da aeronave.

Essa região, que fica em águas tropicais e ao norte da atual zona de busca, “pode agora ser descartada como ponto final do MH370”, disse no dia 29 de maio o Centro de Coordenação de Agências Conjuntas, um órgão do governo australiano que está trabalhando na busca.

Os navios de busca passaram os últimos quatro meses realizando pesquisas de superfície menos detalhadas do leito do oceano, o que incorpora sulcos, valas, montanhas submarinas e planícies sem traços característicos. Isso ajudará a guiar a busca no fundo do mar.

“Nós podemos ver vulcões extintos, penhascos de 2.000 metros”, disse Dolan.

Mar agitado

Os escâneres colocados em barcos encontraram algumas áreas que parecem mais duras que o terreno do entorno, mas “os profissionais de geociência dizem que têm bastante certeza de que elas são geológicas”, disse ele.

Essas anomalias podem ser causadas por afloramentos rochosos em meio a sedimentos ou mudanças nos tipos de rochas, disse Dolan. É “altamente improvável” que qualquer destroço tenha desaparecido debaixo de um deslizamento submarino, disse ele.

O mar agitado da região afetou o trabalho de busca realizado pelo Fugro Equator, um navio operado pela Fugro NV, empresa com sede em Leidschendam, Países Baixos, segundo um comunicado publicado ontem no site do ATSB.

O Fugro ganhou uma oferta do governo australiano para realizar a pesquisa submarina de 12 meses e empregará o Equator e o Fugro Discovery. A GO Phoenix está contratada pelo governo malaio.

Funcionários do ATSB estão tentando planejar a melhor forma de empregar os navios e os enviarão inicialmente para três zonas diferentes, disse Dolan. Se alguma zona parecer mais interessante, dois dos navios podem ser movidos para estudá-la mais intensamente.

“Nós tivemos navios e equipamentos realmente bons e tripulações altamente qualificadas”, disse ele. “Se tudo isso vier junto eu serei cautelosamente otimista”.

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