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Bruxelas descarta risco de contágio da crise portuguesa na Espanha

Olli Rehn, comissário de Assuntos Econômicos e Monetários do bloco, defendeu a consolidação fiscal espanhola

O comissário Olli Rehn também elogiou os dados fiscais portugueses de 2010 (Chung Sung-Jun/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 10h24.

Bruxelas - O comissário de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, descartou nesta quarta-feira o risco de contágio da Espanha caso o Governo português seja obrigado a solicitar ajuda financeira europeia.

"Não vejo nenhuma razão para alimentar a especulação neste sentido", assegurou o finlandês Olli Rehn, que defendeu que a "Espanha tomou medidas de consolidação fiscal muito substanciais e reformas estruturais muito significativas".

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"Estas são ações muito convincentes e tenho certeza de que a Espanha pode superar o problema com estas medidas", disse Rehn, após participar de uma conferência em Bruxelas.

Em relação à situação de Portugal, apontado pelos mercados como a próxima vítima da crise da zona do euro após os resgates da Grécia e Irlanda, Rehn garantiu que o país ibérico "está agora no momento de tomar ações no terreno da consolidação fiscal e as reformas estruturais".

Neste sentido, qualificou de "bastante positivos" os dados de consolidação fiscal de 2010 anunciados na terça-feira pelo primeiro-ministro português, José Sócrates, que revelou que Portugal conseguiu superar suas previsões para reduzir o déficit fiscal em dois pontos, situando-o em dezembro abaixo de 7,3%.

Pouco depois do anúncio de Sócrates, o Banco de Portugal anunciava que o país voltará a entrar este ano em recessão e sua economia cairá em 1,3%, por impacto das medidas de austeridade adotadas para reduzir o déficit fiscal e acalmar a pressão dos mercados sobre a dívida portuguesa.

Portugal enfrenta nesta quarta-feira um leilão decisivo de 750 milhões a 1,2 bilhões de euros em obrigações do Tesouro a três e 10 anos.

Por outro lado, o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários advogou nesta quarta-feira por ampliar o fundo de resgate aprovado pelos países do euro para ajudar aos estados da região que pudessem apresentar problemas de financiamento similares aos vividos pela Grécia e Irlanda.

"Necessitamos revisar todas as opções, assim como o tamanho e alcance de nossos instrumentos financeiros" para enfrentar a crise, disse o comissário durante a conferência.

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