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Brexit, o acordo que virou “uma torta no céu”

ÀS SETE - Nesta quinta-feira, o desencontro de interesses entre Reino Unido e União Europeia volta a ser debatido em Bruxelas

Negociador do Brexit, Michael Barnier, e o secretário da UE, David Davis

Negociador do Brexit, Michael Barnier, e o secretário da UE, David Davis

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2017 às 06h32.

Última atualização em 9 de novembro de 2017 às 07h18.

O desencontro de interesses entre Reino Unido e União Europeia volta a ser debatido nesta quinta-feira em Bruxelas, em mais uma reunião para discussões a respeito do Brexit, a saída britânica do bloco europeu.

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Com apenas 17 meses até a data final para o desembarque, fixada em março de 2019, Michel Barnier, o representante da Comissão Europeia, e David Davis, secretário britânico para o Brexit, se reúnem sabendo que qualquer novo impasse no encontro de hoje deixa o prazo, já curto, ainda mais apertado.

A reunião é a primeira desde o Fórum da União Europeia no mês passado, quando o bloco europeu afirmou que nenhum dos três pontos principais dos acordos iniciais — os direitos dos cidadãos europeus, a questão com a fronteira da Irlanda e a pensão que o Reino Unido terá que pagar — tivessem chegado a qualquer tipo de concordância.

A Europa afirma que, como ainda não há concordância sobre os termos iniciais, a pauta não pode prosseguir para tratar de outros pontos da negociação, como o período de transição e acordos futuros de comércio. Davis já reconheceu que o Reino Unido irá ter de arcar com uma multa por sair do bloco.

A Europa espera receber cerca de 55 bilhões de dólares para custear o que chama de obrigações orçamentárias britânicas, um valor que o Reino Unido está reticente em concordar e depois perder poder de barganha na hora de negociar os pontos secundários da pauta.

Em dezembro acontece um novo Fórum da União Europeia e, se nada for feito até lá, a Europa deve voltar a declarar a falta de progresso na matéria. Analistas políticos britânicos já dizem que a chance de o acordo andar até lá é uma “torta no céu”, ou seja, uma irrealidade, a menos que o Reino Unido jogue pelas regras europeias.

Com dezembro já batendo na porta, o prazo apertado para negociações e deixa no ar o receio de que 2019 chegue e a saída tenha que ser feita às pressas, sem acordo algum.

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