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Breivik diz que comprou material de atentados graças a contatos

O autor confesso do duplo atentado na Noruega se recusou a revelar detalhes sobre suas reivindicações políticas

O advogado Geir Lippestad afirmou que Breivik visitou mais de 20 países em sua busca por material militar
 (Jonathan Nackstrand/AFP)

O advogado Geir Lippestad afirmou que Breivik visitou mais de 20 países em sua busca por material militar (Jonathan Nackstrand/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 12h42.

Oslo - O extremista norueguês Anders Behring Breivik afirma ter recebido a ajuda de vários contatos para comprar no exterior o material que usou nos ataques de 22 de julho, mas se recusa a revelar detalhes sobre suas reivindicações políticas, informou o advogado de defesa.

"Ele comprou no exterior quase todo o material que utilizou" para colocar uma bomba em Oslo e depois abrir fogo contra um acampamento de jovens social-democratas na ilha de Utoya, matando um total de 77 pessoas, disse o advogado Geir Lippestad, segundo o jornal Verdens Gang (VG).

Breivik visitou mais de 20 países em sua busca por material militar, completou o advogado.

"Disse que tinha contatos e que procurou material durante suas viagens. Disse que várias pessoas o ajudaram a conseguir o material", completou o advogado, após o terceiro interrogatório policial de Breivik, que aconteceu na quarta-feira.

Lippestad não explicou se os contatos de Breivik no exterior compartilham suas ideias políticas de ultradireita.

O autor confesso dos atentados, de 32 anos, afirma ter cometido apenas os dois ataques, algo que a polícia considera factível.

Mas disse que não responderá as perguntas sobre a suposta ajuda logística externa "até ser atendido em suas demandas extravagantes sobre uma revolução na sociedade norueguesa", destacou Lippestad.

No interrogatório da sexta-feira passada, Breivik exigiu a renúncia do governo e a abdicação do rei Harald, segundo a imprensa.

Breivik se apresenta como um "cavaleiro templário" e afirma estar em guerra contra o islã e contra o multiculturalismo na Europa.

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