Mundo

Brasil se prepara para retirar seus cidadãos da Líbia

Segundo o Itamaraty, a embaixada do Brasil em Trípoli tramita as autorizações necessárias para que um avião privado recolha esses cidadãos

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 22h08.

Brasília - O Governo brasileiro está disposto a colaborar na evacuação de cerca de 130 brasileiros que trabalham na cidade líbia de Benghazi, que estaria sob controle de opositores ao líder do país, Muammar Kadafi, informaram nesta segunda-feira fontes oficiais.

Segundo o Itamaraty, a embaixada do Brasil em Trípoli tramita as autorizações necessárias para que um avião privado recolha esses cidadãos, funcionários da construtora Queiroz Galvão, que desenvolve diversas obras de infraestrutura em Benghazi.

O avião foi fretado pela própria companhia, mas requer uma autorização das autoridades líbias, perante as quais a permissão foi tramitada pelo embaixador do Brasil em Trípoli, George Ney de Souza, indicaram fontes da Chancelaria consultadas pela Agência Efe.

Inicialmente os brasileiros seriam evacuados de Benghazi rumo a Trípoli, mas depois o Governo poderia colaborar para seu retorno ao Brasil, se assim for solicitado.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que visitou nesta segunda-feira a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), disse que o Brasil "repudia atos de violência contra manifestantes desarmados e vemos com grande preocupação os desenvolvimentos na Líbia, que parece que alcançaram padrão de violência absolutamente inaceitável".

O Brasil, segundo o ministro, não descarta que o assunto seja tratado no Conselho de Segurança da ONU neste mês, período em que o país ocupa a presidência do grupo, pois "nada impede que informalmente o tema seja discutido e, se houver consenso entre os 15 membros, que seja incluído na agenda".

O Ministério das Relações Exteriores calcula que cerca de 600 brasileiros vivem na Líbia e também poderiam ser evacuados do país.

De acordo com a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), os manifestantes que pedem a saída de Kadafi controlavam várias cidades líbias nesta segunda-feira, entre elas Benghazi, e o número de mortos nos protestos em diversos pontos do país está próximo de 400.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDiplomaciaLíbiaPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano