Haiti completa três anos do pior terremoto da sua história recente (Hector Retamal/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2013 às 13h48.
São Paulo - O Brasil passou a ser um dos principais colaboradores do Haiti em seu processo de reconstrução e capacitação profissional, após três anos completados hoje do pior terremoto da sua história recente, que atingiu 7,3 graus na escala Richter e duas réplicas de menor magnitude.
O governo brasileiro investe em projetos de cooperação técnica, especialmente na área de saúde, com a construção de três hospitais, dois laboratórios regionais, um centro de reabilitação, além da formação profissional de 2 mil agentes de saúde, ao custo de US$ 70 milhões.
Na área da energia, o Brasil pretende doar um total de US$ 40 milhões para a construção de uma usina hidrelétricas, que fornecerá eletricidade para mais de 1 milhão de famílias.
Segundo a embaixada do Brasil no Haiti, esses valores são os maiores da cooperação brasileira no mundo. Paralelamente, autoridades do Brasil e do Haiti negociaram a ampliação do número de vistos concedidos para haitianos que queriam trabalhar em território brasileiro, sem exigência de emprego prévio.
Em Porto Príncipe, capital haitiana, há um Centro Cultural Brasil-Haiti com aulas de português, divulgação da cultura brasileira e apoio à cultura haitiana. Ao longo de 2013 deverão ser enviados para o Brasil 16 policiais haitianos que serão treinados no Brasil e repassarão o que aprenderem para o restante da corporação.
O Brasil é ainda o maior fornecedor de tropas para a Missão de Paz das Nações Unidas, que está no Haiti desde 2004. Além de garantir a estabilidade e segurança do país, os militares brasileiros trabalham no desenvolvimento urbano com projetos de engenharia, como pavimentação de ruas e iluminação pública, e projetos sociais.
Em decorrência do terremoto em janeiro de 2010 cerca de 220 mil pessoas morreram e 1,5 milhão ficaram desabrigadas no Haiti. Mas até hoje há cerca de 360 mil pessoas abrigadas em alojamentos improvisados e em busca de alternativas no exterior.
A reorganização do Haiti ainda está em andamento e conta com o apoio de uma ação coordenada pelos Estados Unidos e pela comunidade internacional. As informações são da Agência Brasil.