Tumulto em Mina, na Arábia Saudita: 717 pessoas foram mortas e 805 ficaram feridas hoje após confusão (Reuters / Stringer)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2015 às 15h44.
Brasília - O Brasil lamentou o incidente em Mina, perto de Meca, que deixou pelo 717 pessoas mortas e 805 feridas hoje (24) após um tumulto, durante um dos rituais da peregrinação anual dos muçulmanos.
“O governo brasileiro expressa seu profundo pesar pela tragédia que, no dia de hoje, vitimou centenas de fiéis durante as celebrações do Hajj, em Meca, e apresenta suas sentidas condolências aos familiares das vítimas, ao governo e ao povo sauditas, e se solidariza com a grande comunidade islâmica em todo o mundo”, informou, em nota, o Ministério das Relações Exteriores.
Segundo o Itamaraty, a Embaixada do Brasil em Riade não tem registro até o momento de vítimas brasileiras.
O ministro da Saúde saudita, Khaled Al Faleh, atribuiu o tumulto, que causou mais de 700 mortos, à falta de disciplina dos peregrinos, que têm tendência, segundo ele, a ignorar as instruções dos responsáveis pela peregrinação.
“Se os peregrinos tivessem seguido as indicações, teríamos podido evitar este gênero de acidente”, declarou Khaled Al Faleh à televisão pública El-Ekhbariya, depois de ter ido ao local da tragédia, a pior nos últimos 25 anos.
“Numerosos peregrinos movimentam-se sem respeitar os horários determinados pelos responsáveis da gestão dos ritos”, disse o ministro, acrescentando ser essa “a razão principal deste tipo de incidente”.
O Irã, que perdeu 43 cidadãos no tumulto, atribuiu a tragédia a falhas no dispositivo de segurança saudita.
O ritual do Hajj está entre os cinco pilares do islamismo, e todos os muçulmanos deverão fazer a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.