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Brasil envia 'bom sinal' com corte de gastos, diz FMI

Diretor do fundo na América Latina elogiou medida do governo brasileiro e defendeu que outros países também cortem estímulos para a economia

Sede do FMI: os países deveriam colocar a "política fiscal em ponto morto"defendeu o fundo (Divulgação/IMF)

Sede do FMI: os países deveriam colocar a "política fiscal em ponto morto"defendeu o fundo (Divulgação/IMF)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 16h03.

- O Brasil envia um bom sinal aos mercados com o corte orçamentário da ordem de 50 bilhões de reais (30 bilhões de dólares), declarou nesta sexta-feira o diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a América Latina, Nicolás Eyzaguirre.</p>

"O que Dilma (Rousseff) fez em termos de consolidação fiscal é um bom sinal", declarou Eyzaguirre durante um discurso no centro de análise Diálogo Interamericano.

O Brasil é um dos países que está mostrando mais aquecimento econômico na região, com uma inflação que está acelerando e uma moeda chegando a níveis históricos de apreciação.

O governo Dilma anunciou na quarta-feira que esse corte afetaria principalmente os estímulos econômicos implementados para lutar contra a recente crise.

"Uma maior apreciação do real poderá ser perigosa", advertiu Eyzaguirre.

Os problemas do Brasil, que deverá crescer 4,5% em 2011, são os mesmos enfrentados pelos países emergentes em geral, e particularmente os da América Latina.

"O que os países deveriam fazer e já estão começando a entender é colocar a política fiscal em ponto morto", sugeriu Eyzaguirre.

Os fluxos de capital estão inundando a região, com cerca de 132 bilhões de dólares líquidos em 2010, mencionou Eyzaguirre.

"A América Latina está absorvendo todo o excesso de liquidez dos países ricos", advertiu. "O que a China não está fazendo em termos de equilíbrio (de contas externas) está indo parar na América Latina", completou.

A América Latina está sofrendo o reaquecimento também devido à falta de colaboração chinesa em temas como a cotação do iuan, opinou.

"Todas as prévias crises na região foram precedidas de altos déficits das contas correntes" como está ocorrendo atualmente, advertiu Ezyzaguirre, que, no entanto, declarou que os governos são mais conscientes disso que há uma década.

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