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Brasão papal é retirado de jardim do Vaticano

Os cardeais celebraram a quinta congregação geral, que contou com a participação de 152 dos 207 cardeais que conformam o Colégio Cardinalício

Cardeais: segundo observadores vaticanos, vários cardeais não italianos, sobretudo os americanos, querem conhecer em profundidade o que há de verdade no escândalo Vatileaks antes de entrar na Capela Sistina. (REUTERS/ Stefano Rellandini)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Cidade do Vaticano - Uma semana após a renúncia de Bento XVI e restando apenas a chegada de um cardeal para que o total de 115 eleitores do novo papa esteja em Roma, a data do conclave ainda não foi definida pelo Vaticano , informou nesta quinta-feira o porta voz da Santa Sé, Federico Lombardi.

Também hoje, foi retirado dos Jardins Vaticanos o grande brasão do agora papa emérito, que ficava em frente ao Palácio do Governo. Quando houver um novo pontífice, jardineiros reproduzirão o brasão que for escolhido, como reza a tradição.

Os cardeais celebraram a quinta congregação geral, que contou com a participação de 152 dos 207 cardeais que conformam o Colégio Cardinalício. Desses 152, 114 são eleitores, ou seja, têm menos de 80 anos e, por isso, poderão entrar na Capela Sistina para designar o próximo papa, segundo as regras da Igreja.

São 115 cardeais eleitores, mas ainda falta na Santa Sé o vietnamita Jean-Baptiste Pham Minh Mân, cuja chegada é esperada para as primeiras horas de amanhã, segundo Federico Lombardi.

O porta-voz declarou que, durante a reunião não foi adotada nenhuma decisão sobre a data do conclave, e tudo leva crer que no segundo encontro previsto para hoje ela também não seja marcada.

Lombardi reiterou que os cardeais "não têm pressa" para estabelecer a data de início do conclave, pois preferem prepará-lo de maneira "séria e em profundidade" antes de convocá-lo precipitadamente.

Segundo observadores vaticanos, vários cardeais não italianos, sobretudo os americanos, querem conhecer em profundidade o que há de verdade no escândalo Vatileaks (a publicação de documentos que revelaram intrigas e disputas na cúria vaticana, dominada sobretudo por italianos) antes de entrar na Capela Sistina, local da eleição.


Já outros cardeais, de acordo com essas fontes, desejariam começar o mais rápido possível a votação, perante a eventualidade de que nestes dias possam ser revelados novos escândalos de abusos ou de suposta corrupção que manchem os prelados.

Alguns cardeais, como o alemão Walter Kasper, afirmaram que antes de entrar no conclave é necessário que se eles se conheçam mais entre si, já que muitos nunca se viram.

Na reunião de hoje falaram os cardeais responsáveis pelas finanças e o patrimônio da Santa Sé (Giuseppe Versaldi, presidente da Prefeitura de Assuntos Econômicos; Domenico Calcagno, presidente da Administração do Patrimônio da Sede Apostólica, e Giuseppe Bertello, presidente do Governo), que informaram sobre o estado patrimonial e econômico.

A Constituição Apostólica "Pastor Bonus" sobre a cúria romana estabelece que durante a Sé Vacante (período entre o falecimento ou renúncia e até a escolha do sucessor) o camerlengo deve informar o Colégio Cardinalício sobre o estado patrimonial e econômico da Santa Sé, e isso é o que foi feito hoje pelos três cardeais.

Os temas debatidos durante a reunião foram, mais uma vez, segundo Lombardi, sobre evangelização, relação dos dicastérios da cúria romana com os episcopados e o perfil que o futuro pontífice deve ter.


Além disso, ele informou sobre os trabalhos de acondicionamento da Capela Sistina para o conclave, onde os empregados do serviço técnico vaticano já nivelaram o piso, fecharam as janelas de corredores próximos ao recinto e começaram a instalar as duas estufas de ferro que serão usadas para as votações e anunciar ao mundo, por meio de fumaça branca, que há um novo papa.

Em datas próximas serão instalados os instrumentos que permitirão uma "varredura eletrônica" da Capela Sistina para garantir a confidencialidade do conclave.

Nesta quinta, o cardeal Angelo Sodano, em nome do Colégio Cardinalício, enviou um telegrama de pesar ao vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pelo falecimento do presidente Hugo Chávez.

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Cidade do Vaticano - Uma semana após a renúncia de Bento XVI e restando apenas a chegada de um cardeal para que o total de 115 eleitores do novo papa esteja em Roma, a data do conclave ainda não foi definida pelo Vaticano , informou nesta quinta-feira o porta voz da Santa Sé, Federico Lombardi.

Também hoje, foi retirado dos Jardins Vaticanos o grande brasão do agora papa emérito, que ficava em frente ao Palácio do Governo. Quando houver um novo pontífice, jardineiros reproduzirão o brasão que for escolhido, como reza a tradição.

Os cardeais celebraram a quinta congregação geral, que contou com a participação de 152 dos 207 cardeais que conformam o Colégio Cardinalício. Desses 152, 114 são eleitores, ou seja, têm menos de 80 anos e, por isso, poderão entrar na Capela Sistina para designar o próximo papa, segundo as regras da Igreja.

São 115 cardeais eleitores, mas ainda falta na Santa Sé o vietnamita Jean-Baptiste Pham Minh Mân, cuja chegada é esperada para as primeiras horas de amanhã, segundo Federico Lombardi.

O porta-voz declarou que, durante a reunião não foi adotada nenhuma decisão sobre a data do conclave, e tudo leva crer que no segundo encontro previsto para hoje ela também não seja marcada.

Lombardi reiterou que os cardeais "não têm pressa" para estabelecer a data de início do conclave, pois preferem prepará-lo de maneira "séria e em profundidade" antes de convocá-lo precipitadamente.

Segundo observadores vaticanos, vários cardeais não italianos, sobretudo os americanos, querem conhecer em profundidade o que há de verdade no escândalo Vatileaks (a publicação de documentos que revelaram intrigas e disputas na cúria vaticana, dominada sobretudo por italianos) antes de entrar na Capela Sistina, local da eleição.


Já outros cardeais, de acordo com essas fontes, desejariam começar o mais rápido possível a votação, perante a eventualidade de que nestes dias possam ser revelados novos escândalos de abusos ou de suposta corrupção que manchem os prelados.

Alguns cardeais, como o alemão Walter Kasper, afirmaram que antes de entrar no conclave é necessário que se eles se conheçam mais entre si, já que muitos nunca se viram.

Na reunião de hoje falaram os cardeais responsáveis pelas finanças e o patrimônio da Santa Sé (Giuseppe Versaldi, presidente da Prefeitura de Assuntos Econômicos; Domenico Calcagno, presidente da Administração do Patrimônio da Sede Apostólica, e Giuseppe Bertello, presidente do Governo), que informaram sobre o estado patrimonial e econômico.

A Constituição Apostólica "Pastor Bonus" sobre a cúria romana estabelece que durante a Sé Vacante (período entre o falecimento ou renúncia e até a escolha do sucessor) o camerlengo deve informar o Colégio Cardinalício sobre o estado patrimonial e econômico da Santa Sé, e isso é o que foi feito hoje pelos três cardeais.

Os temas debatidos durante a reunião foram, mais uma vez, segundo Lombardi, sobre evangelização, relação dos dicastérios da cúria romana com os episcopados e o perfil que o futuro pontífice deve ter.


Além disso, ele informou sobre os trabalhos de acondicionamento da Capela Sistina para o conclave, onde os empregados do serviço técnico vaticano já nivelaram o piso, fecharam as janelas de corredores próximos ao recinto e começaram a instalar as duas estufas de ferro que serão usadas para as votações e anunciar ao mundo, por meio de fumaça branca, que há um novo papa.

Em datas próximas serão instalados os instrumentos que permitirão uma "varredura eletrônica" da Capela Sistina para garantir a confidencialidade do conclave.

Nesta quinta, o cardeal Angelo Sodano, em nome do Colégio Cardinalício, enviou um telegrama de pesar ao vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pelo falecimento do presidente Hugo Chávez.

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