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Bombardeios da Rússia matam 13 no centro-oeste da Ucrânia

Ataque noturno também deixou 11 feridos, cinco deles em estado grave

Local na região de Dnipropetrovsk destruído por bombardeios russos em meio à invasão militar russa da Ucrânia. (AFP/Getty Images)

Local na região de Dnipropetrovsk destruído por bombardeios russos em meio à invasão militar russa da Ucrânia. (AFP/Getty Images)

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AFP

Publicado em 10 de agosto de 2022 às 09h50.

Ataques noturnos russos mataram 13 civis em Dnipropetrovsk, centro-oeste ucraniano, anunciaram nesta quarta-feira as autoridades desta região próxima da central nuclear de Zaporizhzhia, que provoca uma troca de acusações sobre ataques entre Rússia e Ucrânia.

O ataque noturno também deixou 11 feridos, cinco deles em estado grave, nesta região relativamente segura, para onde são levados os civis retirados do Donbass, mais ao leste, epicentro da ofensiva russa.

"Passamos uma noite horrível (...) É muito difícil retirar os corpos dos escombros", afirmou o governador Valentin Reznichenko em uma mensagem divulgada no Telegram.

"Peço que as pessoas sigam para locais seguras durante o ataque aéreo (...) Não deixem que os russos os matem", acrescentou

A cidade de Marganets, às margens do rio Dnipro, perto da central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, e a localidade de Vyshshetarassivka foram alvos de ataques com lança-foguetes Grad, anunciou o governador.

"Oitenta foguetes foram lançados de maneira deliberada e insidiosa contra zonas residenciais quando as pessoas dormiam em suas casas", denunciou.

A central nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pelos russos, é objeto de acusações entre Moscou e Kiev sobre bombardeios, mas nenhuma fonte independente conseguiu confirmar as denúncias.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky citou o fantasma da catástrofe de Chernobyl, o pior acidente nuclear da história, que aconteceu em 1986 em uma central soviética no território da Ucrânia.

Na terça-feira à noite, a operadora ucraniana Energoatom afirmou que as forças russas preparavam a operação para conectar a central com a Crimeia, península anexada por Moscou em 2014, e danificaram linhas de energia elétrica durante o procedimento.

- Venta de grãos anulada -

A Crimeia foi cenário na terça-feira de explosões que deixaram um morto e vários feridos em um depósito de munições de uma base aérea militar. O exército russo afirmou que o incidente não foi provocado por tiroteio ou bombardeio.

"A Crimeia é ucraniana e nunca renunciaremos a ela", insistiu o presidente Zelensky.

No campo econômico, o contrato de venda do primeiro carregamento de grãos exportados pela Ucrânia desde o início da invasão russa foi anulado antes de chegar a seu destino no Líbano devido ao atraso na entrega, informou a embaixada ucraniana em Beirute.

O "Razoni", cargueiro com bandeira de Serra Leoa, zarpou em 1º de agosto do porto ucraniano de Odessa com 26.000 toneladas de milho e deveria ter atracado no domingo no porto de Trípoli, no Líbano.

Mas o atraso de cinco meses na entrega levou à anulação do pedido, segundo a embaixada ucraniana. A carga aguarda agora um novo comprador.

Rússia e Ucrânia assinaram em 22 de julho dois acordos, com mediação da Turquia e da ONU, para permitir a retomada das exportações de grãos ucranianos bloqueados pela guerra que começou em 24 de fevereiro, assim como das vendas de produtos agrícolas russos, apesar das sanções ocidentais contra Moscou

Oito navios já zarparam desde a assinatura do acordo, segundo as autoridades ucranianas, que esperam a saída de três a cinco embarcações por dia nas próxima semanas.

Na segunda-feira, o primeiro navio chegou a seu destino final na Turquia.

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