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Bombardeio da coalizão mata 21 civis que fugiam de Raqa

Os bombardeios da coalizão no Iraque e na Síria deixaram pelo menos 484 mortos entre os civis desde o seu início até meados de 2014

Síria: "Os civis iam a bordo de pequenas embarcações na margem norte do rio Eufrates" (Rodi Said/Reuters)
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AFP

Publicado em 5 de junho de 2017 às 21h04.

Um bombardeio da coalizão liderada pelos Estados Unidos matou, nesta segunda-feira (5), 21 civis que tentavam fugir de Raqa, bastião do grupo Estado Islâmico no norte da Síria - informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Os civis iam a bordo de pequenas embarcações na margem norte do rio Eufrates para fugir dos bairros do sul de Raqa", relatou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

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Milhares de civis fugiram de Raqa diante do avanço das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma coalizão curdo-árabe, que estreita seu cerca no reduto do grupo Estado Islâmico (EI).

A ofensiva das FDS conta com o apoio da coalizão liderada por Washington, que bombardeia posições do EI no Iraque e na Síria desde 2014.

A aviação russa também liderava bombardeios contra comboios do EI que deixavam Raqa.

"O balanço de vítimas fatais pode continuar aumentando, já que alguns dos feridos estão em situação crítica", assegurou o OSDH, uma ONG com sede no Reino Unido, que dispõe de uma ampla rede de informantes na Síria.

O coletivo "Raqa is Being Slaughtered Silently" (Raqa está sendo massacrada silenciosamente) também informou sobre o ataque desta segunda-feira e explicou que as bombas atingiram gente "que esperava perto do rio e outras pessoas a bordo de barcos que tentavam cruzar" o Eufrates.

O grupo informou, ainda, que os moradores tentavam sair de Raqa pelo rio depois da destruição das duas principais pontes que permitiam abandonar a localidade.

Os bombardeios da coalizão no Iraque e na Síria deixaram pelo menos 484 mortos entre os civis desde o seu início até meados de 2014, segundo o último balanço publicado pelo comando americano, em 2 de junho.

A coalizão atualiza este dado a cada mês, mas algumas ONGs asseguram que o número de vítimas real é muito superior ao informado por Washington.

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