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Bomba de fabricação americana matou crianças em ataque no Iêmen

A ONG fez a análise a partir dos vestígios da bomba que destruiu dois edifícios em bairro residencial na capital, matando 16 pessoas, entre essas 7 crianças

Protesto na ONU em Sana: a coalizão árabe qualificou o ocorrido como "erro técnico" (Khaled Abdullah/Reuters)
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AFP

Publicado em 22 de setembro de 2017 às 16h56.

Uma bomba de fabricação americana, utilizada pela coalizão árabe liderada por Riad no Iêmen matou várias crianças e deixou uma menina órfã em Sanaa, informou a Anistia Internacional nesta sexta-feira (22).

A ONG fez a análise a partir dos vestígios da bomba que destruiu dois edifícios no dia 25 de agosto em Faj Attan, bairro residencial no sul da capital, matando 16 pessoas, entre essas sete crianças.

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"Podemos dizer de forma definitiva que a bomba que matou os pais de Buthaina, seus irmãos e irmãs, assim como outros civis, foi fabricada nos Estados Unidos", declarou Lynn Maalouf, diretora de investigação da Anistia Internacional para o Oriente Médio.

Ela falava de uma menina de cinco anos, cuja foto percorreu o mundo após a morte de sua família em um bombardeio.

Um dia depois do ataque, a coalizão árabe reconheceu sua responsabilidade e qualificou o ocorrido como "erro técnico".

Desde a intervenção da coalizão árabe em março de 2015 para apoiar as forças governamentais contra os rebeldes huthis em amplas zonas do Iêmen, incluindo a capital, o conflito no país causou mais de 8.500 mortos, entre eles 1.700 crianças, de acordo com a ONU.

A coalizão árabe foi acusada em inúmeras ocasiões de matar civis em bombardeios.

Em dezembro de 2016, os Estados Unidos cancelou a entrega de bombas guiadas à Arábia Saudita para protestar contra o número de vítimas civis no Iêmen.

Porém, desde então, o presidente americano Donald Trump aumentou o apoio militar a Riad e, durante a sua visita a Arábia Saudita em maio, anunciou ter firmado um contrato de armas entre ambos os países no valor de 110 bilhões de dólares.

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