O conselho de administração da NYSE Group, empresa que controla a Bolsa de Valores de Nova York, apresentou nesta segunda-feira (22/5) uma proposta formal de fusão com a Euronext, a bolsa européia. Se o negócio for concretizado, nascerá o primeiro mercado transatlântico de títulos privados, como ações e debêntures. A megabolsa de valores teria um valor de mercado aproximado de 21 bilhões de dólares. Já as companhias listadas no pregão somariam 27 trilhões de dólares.

"Nossos mercados cobrirão mais fusos horários que qualquer outro grupo, nas duas principais moedas do mundo [euro e dólar] e servirão aos maiores investidores em equities, títulos e derivativos, incluindo futuros e opções" , afirmaram, na proposta enviada à bolsa européia, John Thain e Marshall Carter, presidentes da diretoria e do conselho da bolsa novaiorquina, respectivamente.

Pela oferta, a bolsa americana pagaria 10,2 bilhões de dólares aos controladores de sua concorrente européia. Cerca de 3 bilhões de dólares seriam pagos em dinheiro. O restante seria levantado por meio de financiamentos. A nova companhia, criada a partir da fusão dos dois pregões, teria seus papéis negociados em Nova York e Paris. O presidente do conselho da Euronext, Jan-Michiel Hessels, assumiria posto semelhante na nova estrutura organizacional. Já Jean-François Théodore, presidente executivo do Euronext, cuidaria das operações na Europa. Se aprovada, a megabolsa será chamada de NYSE Euronext e seu conselho de administração deverá ter 11 diretores americanos e nove europeus.

Para Thain, além de dominar importantes mercados, a união dos pregões também geraria ganhos de escala, segundo o jornal americano The New York Times. São estimadas reduções de até 275 milhões de dólares em custos de operação, dos quais, 250 milhões decorrentes de racionalização das tecnologias usadas. Outra conta indica ganhos de sinergia de 100 milhões de dólares.