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Bolívia exigirá visto aos israelenses

Após considerar Israel como terrorista, o governo boliviano irá exigir vistos de entradas aos cidadãos israelenses

Presidente da Bolívia, Evo Morales: Morales acusou Israel de não respeitar direitos humanos (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 14h49.

La Paz - O presidente da Bolívia , Evo Morales , anunciou nesta quarta-feira que seu governo decidiu exigir vistos de entradas aos cidadãos israelenses, ao considerar esse país como um "Estado terrorista" por seus ataques em Gaza .

Em um evento na cidade de Cochabamba (centro), Morales assinalou que a decisão foi tomada em seu conselho de ministros e porque "Israel não respeita os princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas, assim como a Declaração Universal dos Direitos Humanos".

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"Como país e como povo, tomamos a firme decisão de renunciar ao acordo sobre vistos com Israel de 17 de agosto de 1972, que foi assinado sob um regime de ditadura na Bolívia e que permitia os israelenses ingressarem à Bolívia livremente", sustentou.

Segundo Morales, a partir desta decisão, Israel passará do grupo 1 ao 3 na classificação dos trâmites para obter visto de entrada à Bolívia, o que implicará que os pedidos deverão ser revisados pela direção Nacional de Migração.

"Passar à lista 3, em outras palavras, significa que estamos declarando (Israel) como um Estado terrorista e que, portanto, tem que tomar as previsões para a entrada de seus cidadãos à Bolívia", acrescentou o governante.

No grupo 1 se encontram os países da Comunidade Andina, o Mercosul e a União Europeia, cujos cidadãos não precisam de visto de turismo para ingressar à Bolívia. Neste caso, os visitantes precisam apresentar apenas o passaporte vigente, o certificado de vacina contra a febre amarela e seu itinerário de viagem.

Em 2009, o governo Morales rompeu relações diplomáticas com Israel em solidariedade com a Palestina, argumento que o governo israelense cometeu "crimes contra a humanidade" em Gaza nesse período.

Nessa nova ofensiva israelense contra Hamas em Gaza, iniciada no último dia 8 de julho, pelo menos 1.327 palestinos morreram e mais de 7.200 ficaram feridos, informou hoje o Ministério da Saúde de Gaza.

Morales voltou a lamentar hoje o "genocídio" na Palestina e acusou Israel de não respeitar "as convenções internacionais" e nem os direitos humanos.

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