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Bolívia aumenta produção de gás para garantir vendas a Brasil e Argentina

Estatal YPFB terá investimento de 250,5 milhões de dólares e a verba de 561,5 milhões irá para empresas privadas estrangeiras no país, como a Petrobras

A Bolívia bombeia 31 mmcd de gás para o Brasil (Chris McGrath/Getty Images)

A Bolívia bombeia 31 mmcd de gás para o Brasil (Chris McGrath/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 07h42.

La Paz - A Bolívia aumentará neste ano sua produção de gás natural de 41,7 milhões de metros cúbicos por dia (mmcd) para 46,3 milhões, para garantir o fornecimento a Brasil, Argentina e ao mercado interno, informou nesta terça-feira a estatal petroleira YPFB.

"A produção bruta de gás natural subirá durante a presente gestão de 41,71 milhões para 46,3 milhões de metros cúbicos por dia", afirmou a estatal em uma nota de imprensa entregue à AFP.

Segundo a empresa, "o objetivo é aumentar a produção tanto de gás natural como de líquidos para assegurar o abastecimento do mercado interno e externo de Argentina e Brasil".'

A YPFB assegurou que para este ano prevê um investimento de 812 milhões de dólares, dos quais 250,5 milhões estarão a cargo da estatal, enquanto 561,5 milhões ficarão por conta de empresas privadas estrangeiras, como a brasileira Petrobras, a espanhola Repsol e a francesa Total.

A Bolívia bombeia à Argentina 7,7 mmcd, volume que deve aumentar a partir de 2014, por conta de um novo gasoduto binacional em construção, para de 14 mmcd a 27 mmcd durante os 20 anos de duração de contrato, enquanto que fornece para o Brasil 31 mmcd, até 2019.

O fornecimento foi colocado em dúvida, porque o desenvolvimento de campos de gás tinha decaído, devido ao fato de o mercado argentino não estar garantido, o que fez La Paz e Buenos Aires assinarem em 2010 um adendo assegurando preços e volumes, o que permitiu reativar os investimentos.

Além disso, a nacionalização dos hidrocarbonetos, decretada pelo presidente Evo Morales em 2006, paralisou temporariamente a atividade de investimento, segundo analistas petroleiros locais.

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