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Boko Haram invade cidade na Nigéria e várias pessoas morrem

Insurgentes islamistas invadiram grande parte da parte da cidade de Bama, no nordeste da Nigéria

Refugiados na Nigéria: milhares de moradores ficaram desabrigados após ataque (Samuel Ini/ Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 09h53.

Maiduguri - Insurgentes islamistas do grupo Boko Haram invadiram grande parte da parte da cidade de Bama, no nordeste da Nigéria , após horas de confrontos em que várias pessoas morreram e milhares de moradores ficaram desabrigados, disseram fontes de segurança nesta terça-feira.

Os islamistas lançaram um ataque contra Bama, a 70 km de Maiduguri, capital do Estado de Borno, na segunda-feira. Eles chegaram a ser repelidos, mas retornaram em maior número durante a madrugada, disseram fontes e testemunhas.

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Nenhum porta-voz do setor de defesa da Nigéria estava imediatamente disponível para comentar o ataque. As fontes relataram a existência de muitas vítimas em ambos os lados. Uma fonte de segurança disse que até 5 mil pessoas fugiram.

Muitos soldados nigerianos foram mortos em Bama por disparos de um caça que tinha como alvo os insurgentes em um ataque aéreo a um lugar errado, disse à Reuters um soldado que estava no local.

Dois meses após militantes islamistas no Iraque e Síria declararem um califado em uma região que conseguiram capturar, o Boko Haram também, pela primeira vez, declarou explicitamente o controle sobre um território que diz ter capturado em faixas do nordeste da Nigéria.

O Boko Haram capturou Gwoza, um município rural remoto nas montanhas próximas à fronteira com Camarões, durante combates no mês passado. O líder do grupo, Abubakar Shekau, disse em um vídeo que a região se tornaria um "território muçulmano", que seria governada pela rígida lei islâmica.

"Quando começamos a ouvir tiros, todo mundo estava confuso. Tinha tiroteios vindo de diferentes direções. Nós fugimos para os arredores da cidade", disse Bukar Auwalu, um comerciante que escapou com sua mulher, três filhos e o irmão, à Reuters por telefone. "Havia helicópteros militares e um caça. Dormimos no mato nos arredores da cidade."

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