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BNDES mantém desembolsos para hidrelétricas do rio Madeira

Segundo o banco, financiamento só será interrompido caso as obras fiquem paradas por muito tempo

Obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, ficaram paradas depois de protestos (ABr/Wikimedia Commons)

Obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, ficaram paradas depois de protestos (ABr/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 13h01.

Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não pretende interromper as linhas de financiamento aos consórcios que estão construindo as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, mesmo com a paralisação das obras na semana passada devido a um motim de trabalhadores.

"O financiamento está normal. A expectativa é que a crise seja equacionada... Não interrompe os financiamentos desde que você não tenha problemas mais longos. Uma interrupção ocorreria só se a crise se prolongasse por meses", afirmou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, nesta segunda-feira.

"Não vamos endereçar a solução, mas não acreditamos que isso vá se alongar", acrescentou.

O empréstimo para Jirau de 7,2 bilhões de reais foi aprovado em fevereiro de 2009 e o financiamento do BNDES para Santo Antônio, no valor de 6,1 bilhões de reais, foi autorizado em dezembro de 2008. Estima-se que foram liberados até agora pelo banco cerca de 1 bilhão de reais aos dois projetos.

As duas usinas fazem parte do Programas de Aceleração do Crescimento (PAC) e há expectativa de que ambas entrem em operação antes dos prazos inicialmente estimados.

Os trabalhadores amotinados incendiaram moradias e ônibus em Jirau na semana passada. A confusão teria começado após uma briga entre um operário e um motorista de uma empresa responsável pelo transporte de trabalhadores. Eles reivindicam melhores condições de trabalho e aumento salarial.

A usina de Santo Antônio paralisou suas atividades por precaução, segundo a construtora Norberto Odebrecht.

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