Mundo

Blinken garante que Israel aceitou última proposta de acordo sobre Gaza

Secretário de Estado se reuniu nesta segunda-feira com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu

Anthony Blinken, secretário de Estado dos EUA (Omar Havana /Getty Images)

Anthony Blinken, secretário de Estado dos EUA (Omar Havana /Getty Images)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 19 de agosto de 2024 às 18h06.

Tudo sobreConflito árabe-israelense
Saiba mais

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciou nesta segunda-feira, em Tel Aviv, que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aceitou a mais recente proposta de acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, e instou o Hamas a fazer o mesmo.

Blinken afirmou ter tido uma “reunião muito construtiva” com Netanyahu, que confirmou que “Israel aceita a proposta de transição” apresentada pelos Estados Unidos na semana passada nas negociações em Doha.

O secretário de Estado, que chegou a Israel no dia anterior para impulsionar os esforços diplomáticos internacionais para fechar um acordo, se reuniu nesta segunda-feira com o presidente de Israel, Isaac Herzog, com o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e com Netanyahu, para quem insistiu que esta é provavelmente a última chance de um acordo após meses de tentativas fracassadas.

"O próximo passo é o Hamas dizer sim", alertou Blinken, embora o grupo islâmico, que não participou da última rodada de negociações em Doha, tenha criticado na noite passada a última proposta, quando ela lhe foi transmitida pelos mediadores, como sendo uma cedência às exigências de Israel.

Os EUA já apresentaram vários rascunhos do acordo em junho e julho, que o Hamas aceitou a priori e acusou Netanyahu de estabelecer novas condições, como o controle israelense dos corredores Filadélfia - a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito usada há anos pelos islâmicos para contrabandear armas - e Netzarin, uma rota militar criada por Israel na guerra que corta o enclave ao meio.

Nas últimas semanas, a comunidade internacional liderada pelos EUA pressionou por um acordo na Faixa de Gaza após mais de dez meses de guerra, o que também serviria para neutralizar a ameaça do Irã de atacar Israel após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, em 31 de julho, e evitar uma escalada regional.

Um dia antes, Israel também matou o principal comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, em um bombardeio em Beirute, o que levou o grupo xiita aliado do Irã a prometer vingança e intensificar seus ataques.

"As partes terão que se reunir para concluir o processo de chegar a entendimentos claros sobre como implementar os compromissos assumidos no acordo", disse Blinken.

Netanyahu prometeu a Blinken enviar a equipe de negociação de volta ao Cairo no final desta semana para continuar as conversas, de acordo com a imprens israelense, mas o Hamas não comentou.

"Há um profundo senso de urgência para que isso seja feito e os EUA estão comprometidos em fazê-lo agora", declarou o chefe da diplomacia dos EUA sobre a possibilidade de um acordo.

Após a reunião com Blinken, Netanyahu agradeceu aos EUA por seu investimento na defesa regional contra "o eixo iraniano" e na segurança de Israel, bem como por seu apoio nas negociações sobre a Faixa de Gaza.

"Quero enfatizar que estão sendo feitos esforços para libertar o maior número possível de reféns vivos, já na primeira fase da transação", disse o primeiro-ministro israelense.

Acompanhe tudo sobre:Eleições EUA 2024Estados Unidos (EUA)IsraelConflito árabe-israelenseHamas

Mais de Mundo

Manifestantes chamam Biden de 'genocida' na porta da Convenção Democrata

Na semana da convenção democrata, Trump se lança em 'contraofensiva' em estados decisivos nos EUA

George Santos se declara culpado em acusações de fraude para evitar julgamento nos EUA

MP de Manhattan se mostra aberto a adiar sentença de Trump para depois das eleições

Mais na Exame