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Blatter diz que cogita processar Fifa para limpar o nome

Blatter, que comandou a Fifa durante 17 anos, recebeu uma suspensão de seis anos por violações éticas

Blatter: ele e seus advogados estão trabalhando em um possível processo (Fabrice Coffrini/AFP)
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Reuters

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 15h58.

Manchester - Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa atualmente suspenso do esporte, disse à Reuters nesta quinta-feira que está cogitando processar a entidade responsável pelo futebol mundial na tentativa de limpar seu nome.

Blatter, que comandou a Fifa durante 17 anos, recebeu uma suspensão de seis anos por violações éticas, imposta em 2015 em meio ao maior escândalo de corrupção na organização.

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O suíço de 81 anos disse que, embora "por ora não exista uma ação legal", ele e seus advogados estão trabalhando em um possível processo.

"Meu objetivo é analisar a decisão do Comitê de Ética da Fifa tendo em vista informações, e até indícios que recebi nesse meio tempo, ligadas à minha suspensão", disse Blatter à Reuters por email.

"Estamos trabalhando neste caso - e esperando desdobramentos."

É provável que qualquer medida legal de Blatter se desenrole em tribunais civis da Suíça.

A Fifa não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

Em dezembro de 2016, Blatter perdeu uma apelação feita à Corte Arbitral do Esporte (CAS) contra seu afastamento.

A CAS determinou que Blatter autorizou pagamentos a Michel Platini, então presidente da Uefa, no valor de 2 milhões de dólares que equivaleram a "presentes indevidos", e portanto violaram o código de ética da Fifa.

Blatter renunciou em junho de 2015, depois que vários dirigentes de futebol, inclusive membros e ex-membros do comitê executivo da Fifa, foram indiciados nos Estados Unidos devido a acusações de corrupção.

O ex-chefe da Fifa não foi indiciado, mas se tornou alvo de polêmica ao ser proibido pelo Comitê de Ética da Fifa de exercer qualquer atividade ligada ao esporte em dezembro do mesmo ano, assim como Platini.

Os dois foram punidos, inicialmente por oito anos, devido ao pagamento de 1,98 milhão de dólares que a Fifa fez a Platini em 2011, com a aprovação de Blatter, por trabalhos realizados uma década antes. O comitê de apelações da Fifa reduziu as suspensões para seis anos em fevereiro de 2016.

Blatter, que negou todas as acusações que lhe foram imputadas, comparou o Comitê de Ética da Fifa "à inquisição".

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