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Blatter defende o uso de vídeo para punir simulações

O artigo 96 do código disciplinar da Fifa estipula que gravações em áudio e vídeo podem ser usadas para abertura de processos disciplinares

Joseph Blatter: ele não deixou claro se pretende promover uso deste tipo de recurso para corrigir possíveis injustiças provocadas por "encenações" na Copa do Mundo de 2014 (Sergio Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 18h59.

Zurique - O presidente da Fifa , Joseph Blatter, afirmou nesta sexta-feira que imagens da TV deveriam ser usadas como provas para punir jogadores de futebol que simulam falsas lesões, faltas inexistentes ou fazem "teatro" em campo para ganhar tempo.

Visando erradicar os trapaceiros dentro dos gramados, o dirigente questionou as razões pelas quais os órgãos disciplinares do mundo do futebol não estão usando regras existentes no código da Fifa para agir com punições apoiadas por este tipo de recurso tecnológico.

"Evidência em vídeo pode contribuir grandemente para o jogo limpo, se é que os órgãos disciplinares estão preparados para usá-la _ e eles deveriam usá-la", escreveu Blatter em sua coluna na revista que a Fifa publica semanalmente.

O artigo 96 do código disciplinar da Fifa estipula que gravações em áudio e vídeo podem ser usadas para abertura de processos disciplinares.

"Evidência em vídeo pode ser usada para (punir) sérias violações ao princípio do jogo limpo, como por exemplo brigas, cuspir em um adversário, insultos verbais e impropérios racistas, ou para aplicação incorreta de cartões amarelos e vermelhos", afirmou o dirigente suíço, lembrando em seguida que "neste contexto devemos incluir as lesões simuladas" e o "teatro" feito por atletas que têm o objetivo de iludir a arbitragem para serem beneficiados com a marcação de infrações inexistentes.

Apesar de expressar a sua opinião sobre este assunto, Blatter não deixou claro se pretende promover o uso deste tipo de recurso para corrigir possíveis injustiças provocadas por "encenações" na Copa do Mundo de 2014. Ele também não disse se tem planos de apontar diretrizes mais detalhadas a serem seguidas por associações nacionais na aplicação de punições contra trapaceiros.

Em um exemplo clássico de trapaça no futebol, Thierry Henry usou de forma irregular uma das suas mãos para dominar uma bola e depois marcar um gol para a França contra a Irlanda nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, em jogo decisivo realizado em Paris. A Fifa, porém, além de não punir o atacante pela ação ilegal, disse que não tinha argumento legal para poder invalidar aquele gol.

Blatter, porém, acredita que "se o árbitro não flagrar uma conduta antidesportiva durante o curso de um jogo, podemos abrir um processo disciplinar mais tarde" com base das provas em vídeo das irregularidades. "Não estou falando sobre uma nova tecnologia a ser aplicada durante as partidas, mas sobre a aplicação consistente de uma ferramenta", ressaltou.

Mas, apesar de defender o uso de vídeo para punir trapaceiros no futebol, Blatter segue sendo contra o uso da tecnologia para auxiliar os árbitros no exato momento de um lance duvidoso, como acontece por exemplo no futebol americano.

Ele acredita que parar o jogo para rever replays ou outras disputas iria provocar "uma enxurrada de recursos que iriam essencialmente destruir o jogo". Ele defende que a decisão tomada pelo juiz dentro de campo deva ser respeitada e encarada como "assunto encerrado" naquele momento, apesar de a mesma ser passível de punições posteriores a jogadores ou aos árbitros.

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Zurique - O presidente da Fifa , Joseph Blatter, afirmou nesta sexta-feira que imagens da TV deveriam ser usadas como provas para punir jogadores de futebol que simulam falsas lesões, faltas inexistentes ou fazem "teatro" em campo para ganhar tempo.

Visando erradicar os trapaceiros dentro dos gramados, o dirigente questionou as razões pelas quais os órgãos disciplinares do mundo do futebol não estão usando regras existentes no código da Fifa para agir com punições apoiadas por este tipo de recurso tecnológico.

"Evidência em vídeo pode contribuir grandemente para o jogo limpo, se é que os órgãos disciplinares estão preparados para usá-la _ e eles deveriam usá-la", escreveu Blatter em sua coluna na revista que a Fifa publica semanalmente.

O artigo 96 do código disciplinar da Fifa estipula que gravações em áudio e vídeo podem ser usadas para abertura de processos disciplinares.

"Evidência em vídeo pode ser usada para (punir) sérias violações ao princípio do jogo limpo, como por exemplo brigas, cuspir em um adversário, insultos verbais e impropérios racistas, ou para aplicação incorreta de cartões amarelos e vermelhos", afirmou o dirigente suíço, lembrando em seguida que "neste contexto devemos incluir as lesões simuladas" e o "teatro" feito por atletas que têm o objetivo de iludir a arbitragem para serem beneficiados com a marcação de infrações inexistentes.

Apesar de expressar a sua opinião sobre este assunto, Blatter não deixou claro se pretende promover o uso deste tipo de recurso para corrigir possíveis injustiças provocadas por "encenações" na Copa do Mundo de 2014. Ele também não disse se tem planos de apontar diretrizes mais detalhadas a serem seguidas por associações nacionais na aplicação de punições contra trapaceiros.

Em um exemplo clássico de trapaça no futebol, Thierry Henry usou de forma irregular uma das suas mãos para dominar uma bola e depois marcar um gol para a França contra a Irlanda nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, em jogo decisivo realizado em Paris. A Fifa, porém, além de não punir o atacante pela ação ilegal, disse que não tinha argumento legal para poder invalidar aquele gol.

Blatter, porém, acredita que "se o árbitro não flagrar uma conduta antidesportiva durante o curso de um jogo, podemos abrir um processo disciplinar mais tarde" com base das provas em vídeo das irregularidades. "Não estou falando sobre uma nova tecnologia a ser aplicada durante as partidas, mas sobre a aplicação consistente de uma ferramenta", ressaltou.

Mas, apesar de defender o uso de vídeo para punir trapaceiros no futebol, Blatter segue sendo contra o uso da tecnologia para auxiliar os árbitros no exato momento de um lance duvidoso, como acontece por exemplo no futebol americano.

Ele acredita que parar o jogo para rever replays ou outras disputas iria provocar "uma enxurrada de recursos que iriam essencialmente destruir o jogo". Ele defende que a decisão tomada pelo juiz dentro de campo deva ser respeitada e encarada como "assunto encerrado" naquele momento, apesar de a mesma ser passível de punições posteriores a jogadores ou aos árbitros.

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