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Blanco, ex-meia da seleção do México, se elege governador

Cuauhtémoc Blanco, eleito governador de Morelos, já governou a capital do Estado, Cuernavaca, e deixou o poder em meio a vários escândalos

Copas: além de destaque na Copa de 1998, Blanco também participou das Copas de 2002 e 2010 e foi campeão pela seleção mexicana em 1999, na Copa das Confederações (Edgard Garrido/Reuters)

Copas: além de destaque na Copa de 1998, Blanco também participou das Copas de 2002 e 2010 e foi campeão pela seleção mexicana em 1999, na Copa das Confederações (Edgard Garrido/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de julho de 2018 às 09h54.

Cidade do México - O Movimento da Regeneração Nacional (Morena), partido criado pelo presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, venceu eleições cruciais no Congresso e nos Estados, segundo pesquisa de boca de urna. A mais simbólica foi no Estado de Morelos, vizinho da capital, onde Cuauhtémoc Blanco, ex-meia da seleção, conseguiu se eleger governador. O ex-jogador teria pouco mais da metade dos votos, de acordo com o instituto Mitofsky.

Blanco iniciou a carreira no clube América. Na Copa de 1998, em jogo contra a Coreia do Sul, Blanco consagrou o "drible canguru", lance que consistia em prender a bola entre as pernas e erguê-la com um pulo para driblar os jogadores adversários.

Pela seleção do México, Blanco também participou das Copas de 2002 e 2010 e foi campeão pela seleção mexicana em 1999, na Copa das Confederações. Ele já governou a capital do Estado, Cuernavaca, e deixou o poder em meio a vários escândalos. A candidatura dele ao governo esteve ameaçada pela Justiça.

O Morena teria vencido com folga nos Estados de Veracruz, Chiapas, Puebla e Tabasco, onde nasceu Obrador. Confirmadas as sondagens, Claudia Sheinbaum se tornaria a primeira mulher a comandar a Cidade do México. A maré de vitórias, segundo analistas, pode dar ainda mais força ao governo de Obrador - o que não é necessariamente uma boa notícia.

Historicamente, o presidencialismo mexicano sofre com a hipertrofia do Executivo. Para o historiador Lorenzo Meyer, o único limite que têm os presidentes mexicanos é a catástrofe. Ou seja, só quando a crise econômica escapa do controle é que o seu poder diminui.

Se as pesquisas estiverem certas, Obrador terá mais poder do que todos os seus antecessores desde 2000, quando Vicente Fox, do PAN, acabou com sete décadas de monopólio do PRI, vencendo a eleição com 42,5% dos votos.

No Congresso, a coalizão de Obrador deve dominar o Senado e a Câmara dos Deputados, também de acordo com pesquisa divulgada neste domingo, dia 1º, pelo instituto Mitofsky. "O controle do Legislativo pode dar a Obrador mais incentivo para governar de maneira autoritária", afirmou Mariana Campos, do centro de estudos México Evalúa.

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