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BIS pede aos Governos ajuste dos déficits fiscais

Basiléia, Suíça - O diretor-geral do Banco de Compensações Financeiras (BIS, na sigla em inglês), o espanhol Jaime Caruana, pediu hoje aos Governos das economias avançadas que reduzam seus déficit fiscais como primeira condição para obter crescimento. Em entrevista coletiva após a assembleia geral anual do BIS, Caruana advertiu sobre a difícil situação em que […]

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2010 às 09h14.

Basiléia, Suíça - O diretor-geral do Banco de Compensações Financeiras (BIS, na sigla em inglês), o espanhol Jaime Caruana, pediu hoje aos Governos das economias avançadas que reduzam seus déficit fiscais como primeira condição para obter crescimento.

Em entrevista coletiva após a assembleia geral anual do BIS, Caruana advertiu sobre a difícil situação em que se encontra a economia já que a margem de manobra para as políticas macroeconômicas é menor que no início da crise.

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"A maior parte dos países avançados estão alcançado os limites da expansão fiscal", segundo Caruana.

Criticou a não conclusão ainda do processo para reduzir as manobras financeiras dos bancos e empresas e também não o saneamento dos balanços das entidades de crédito.

"O sistema financeiro continua sendo vulnerável às mudanças adversas do ânimo, como mostraram recentemente as disfunções nos mercados de financiamento", disse Caruana.

Insistiu que "muitos segmentos dos mercados financeiros ainda dependem de apoio público".


O BIS é uma organização internacional que fomenta a cooperação monetária e financeira internacional e exerce o papel de banco para os bancos centrais.

Fundado em 1930, o BIS é a instituição financeira internacional mais antiga.

Caruana, que foi governador do Banco da Espanha, acrescentou que as medidas políticas específicas necessárias variam conforme as circunstâncias de cada país.

"A escala dos problemas financeiros e o fortalecimento dos sistemas bancários diferem entre países, por isso que não há prescrição política única para todos", disse Caruana.

Os desafios para a economia se centram agora em três tarefas: redução dos déficits fiscais, ajuste dos balanços e mudanças na indústria financeira, assim como finalizar os acordos internacionais sobre a regulação financeira.

Na assembleia geral anual foi apresentado o 80º relatório anual, no qual BIS adverte que manter as taxas de juros muito baixas por longo tempo poderia ser perigoso e gerar uma nova crise financeira.


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