Biden recebe Netanyahu para promover cessar-fogo em Gaza
Primeiro-ministro israelense está nos EUA e discursou no Congresso americano
Agência de notícias
Publicado em 25 de julho de 2024 às 11h53.
Depois de um discurso com grande pompa no Congresso dos Estados Unidos, o primeiro-ministro israelense,Benjamin Netanyahu, irá se reunir nesta quinta-feira, 25, em Washington com o presidente americano Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris, em uma recepção bem menos calorosa do que a do Legislativo.
O encontro será entre um primeiro-ministro com relações tensas com um presidente democrata que deixará o poder dentro de alguns meses.
Joe Biden, que acaba de desistir da sua candidatura à reeleição e apoia sua vice-presidente para o substituir, pressionará Netanyahu a fechar um acordo de cessar-fogo na devastadora guerra de Gaza, desencadeada pelo sangrento ataque de combatentes do Hamas em Israel em 7 de setembro.
Biden insiste que apoia Israel desde o início do conflito, mas cada vez mais critica o número de vítimas civis em Gaza.
Na quarta-feira, uma autoridade do governo americano afirmou que as negociações para uma trégua e a liberação de reféns nas mãos do Hamas podem estar em suas "etapas finais".
A reunião entre Biden e Netanyahu será no S alão Oval da Casa Branca às 13h00 locais (14h em Brasília) e ambos se reunirão depois com familiares dos reféns em Gaza.
Guerra Israel e Hamas
![Veículos do exército egípcio são mobilizados ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza em 4 de julho de 2024 em el-Arish, no norte da Península do Sinai, em meio a batalhas contínuas entre o Hamas e Israel no território palestino sitiado. (Foto da AFP) Veículos do exército egípcio são mobilizados ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza em 4 de julho de 2024 em el-Arish, no norte da Península do Sinai, em meio a batalhas contínuas entre o Hamas e Israel no território palestino sitiado. (Foto da AFP)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2024/07/000_362L7FL.jpg?quality=70&strip=info)
2 /26Veículos do exército egípcio são mobilizados ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza em 4 de julho de 2024 em el-Arish, no norte da Península do Sinai, em meio a batalhas contínuas entre o Hamas e Israel no território palestino sitiado. (Foto da AFP)(Veículos do exército egípcio são mobilizados ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza em 4 de julho de 2024 em el-Arish, no norte da Península do Sinai, em meio a batalhas contínuas entre o Hamas e Israel no território palestino sitiado. (Foto da AFP))
![Parentes e apoiadores de israelenses mantidos reféns por militantes palestinos em Gaza desde os ataques de outubro acendem sinalizadores enquanto manifestam pela libertação dos reféns na cidade central de Tel Aviv em 29 de junho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP) Parentes e apoiadores de israelenses mantidos reféns por militantes palestinos em Gaza desde os ataques de outubro acendem sinalizadores enquanto manifestam pela libertação dos reféns na cidade central de Tel Aviv em 29 de junho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2024/07/000_34ZV2AP.jpg?quality=70&strip=info)
3 /26Parentes e apoiadores de israelenses mantidos reféns por militantes palestinos em Gaza desde os ataques de outubro acendem sinalizadores enquanto manifestam pela libertação dos reféns na cidade central de Tel Aviv em 29 de junho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)(Parentes e apoiadores de israelenses mantidos reféns por militantes palestinos em Gaza desde os ataques de outubro acendem sinalizadores enquanto manifestam pela libertação dos reféns na cidade central de Tel Aviv em 29 de junho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
![Palestinos deslocados deixam uma área no leste de Khan Yunis após o exército israelense emitir uma nova ordem de evacuação para partes da cidade e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de Bashar TALEB / AFP) Palestinos deslocados deixam uma área no leste de Khan Yunis após o exército israelense emitir uma nova ordem de evacuação para partes da cidade e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de Bashar TALEB / AFP)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2024/07/000_36272FR.jpg?quality=70&strip=info)
4 /26Palestinos deslocados deixam uma área no leste de Khan Yunis após o exército israelense emitir uma nova ordem de evacuação para partes da cidade e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de Bashar TALEB / AFP)(Palestinos deslocados deixam uma área no leste de Khan Yunis após o exército israelense emitir uma nova ordem de evacuação para partes da cidade e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de Bashar TALEB / AFP))
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Outras reuniões
Netanyahu se reunirá também nesta quinta-feira com Kamala Harris, que esteve ausente do discurso do líder israelense no Congresso na quarta-feira devido a questões de agenda. Harris foi a integrante do governo americano que exigiu com mais veemência um cessar-fogo.
Na sexta-feira, Natanyahu viajará para a Flórida a convite do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump. O israelense afirma que tem ótimo relacionamento com o magnata e inclusive o homenageou durante seu discurso no Congresso.
Muitos democratas boicotaram a visita de Netanyahu. Eles condenam sua condução da guerra, que já deixou um 39.145 mortos em Gaza, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do governo do Hamas, e uma catástrofe humanitária no território.
No ataque do Hamas no sul de Israel, 1.197 pessoas foram mortas, a maioria delas civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses. Os combatentes do grupo islamista também sequestraram 251 pessoas. O Exército estima que 111 permanecem em Gaza, mas acredita que 39 estejam mortos.
Milhares de manifestantes se reuniram nesta quinta-feira nos arredores do Capitólio, onde rejeitaram a presença de Netanyahu, segurando cartazes que o chamavam de "criminoso de guerra".