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Biden pede para Putin reduzir tensões na Ucrânia e propõe cúpula

Segundo comunicado, Biden reafirmou seu objetivo de "construir uma relação estável e previsível com a Rússia em relação aos interesses dos Estados Unidos"

Joe Biden e Vladimir Putin. (AFP/AFP Photo)
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AFP

Publicado em 13 de abril de 2021 às 16h26.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden , pediu nesta terça-feira (13) ao seu homólogo russo Vladimir Putin para "reduzir" as crescentes tensões com a Ucrânia e propôs uma cúpula entre os dois líderes em um terceiro país.

Em uma conversa telefônica com Putin, Biden "expressou a nossa preocupação com a repentina concentração militar russa na Crimeia ocupada e nas fronteiras da Ucrânia, e pediu para a Rússia reduzir as tensões", disse a Casa Branca.

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"O presidente Biden reafirmou seu objetivo de construir uma relação estável e previsível com a Rússia em relação aos interesses dos Estados Unidos, e propôs uma cúpula em um terceiro país nos próximos meses para discutir toda a gama de problemas que Estados Unidos e Rússia enfrentam", segundo um comunicado.

A cúpula seria entre Putin e Biden, que assumiu o cargo em janeiro prometendo uma linha mais dura com a Rússia, tanto pela sua suposta interferência nas eleições americanas quanto pelo tratamento ao líder opositor Alexei Navalny.

Putin e o antecessor de Biden, Donald Trump, se encontraram na Finlândia em 2018, quando o ex-presidente americano gerou indignação ao parecer aceitar as negações do líder russo sobre a interferência eleitoral de Moscou em 2016.

A Ucrânia luta contra os separatistas pró-russos no leste do país desde 2014, quando Moscou anexou a Crimeia. Kiev e seus aliados ocidentais acusam a Rússia de enviar tropas e armas para apoiar os separatistas, o que Moscou nega.

O conflito, que já deixou mais 13.000 mortes, se intensificou nas últimas semanas e os confrontos ocorrem com frequência, abalando um cessar-fogo negociado no ano passado.

Os Estados Unidos disseram que o número de tropas russas na fronteira com a Ucrânia está em seu nível mais alto desde 2014.

A Rússia anunciou nesta terça-feira "exercícios de treinamento" na área em resposta ao que chamou de ações "ameaçadoras" da OTAN.

Mais cedo, o secretário-geral da Aliança Transatlântica, Jens Stoltenberg, pediu à Rússia para acabar com a sua concentração militar "injustificável, inexplicável e profundamente preocupante" perto da Ucrânia.

Nesta terça-feira, o ministro das Relações Exteriores de Kiev, Dmytro Kuleba, manteve negociações com Stoltenberg e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, em Bruxelas.

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